MPLA : A RESISTÊNCIA À DESCENTRALIZAÇÃO E O FUTURO DE ANGOLA



Desde a independência de Angola em 1975, o MPLA tem governado o país sob uma lógica centralizada, resistindo persistentemente à descentralização do poder local. A criação das autarquias locais, um direito consagrado na constituição, tem sido reiteradamente negligenciada pelo partido, que apresenta diversos subterfúgios políticos para justificar essa omissão.


Ao longo dos anos, o MPLA tem utilizado várias estratégias para evitar a implementação de uma descentralização real. Um exemplo recente é a proposta do Presidente João Lourenço de dividir as províncias do Moxico e do Kuando Kubango, além da cidade capital, Luanda. Essa proposta, apresentada como uma solução para os problemas do país, não passa de uma manobra de distração. A história mostra que nenhum país se desenvolveu fragmentando-se territorialmente; ao contrário, tal medida muitas vezes agrava as dificuldades de gestão e desenvolvimento.


Essa resistência à descentralização é um claro desrespeito à constituição da República de Angola. A divisão política-administrativa proposta por João Lourenço não é uma solução genuína para os problemas do país, mas sim uma estratégia para desviar a atenção pública e manter o controle centralizado do poder. 



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Ademais, as recentes movimentações políticas de João Lourenço, como a convocação de um congresso extraordinário do MPLA, revelam uma tentativa de consolidar seu poder. Ao promover mudanças no bureau político e no comitê central, João Lourenço busca afastar potenciais adversários internos e garantir sua permanência no comando do partido e, consequentemente, do país.


É cada vez mais evidente que, após 49 anos no poder, o MPLA já deu tudo o que podia dar. A permanência do partido no poder, agora baseada mais em manobras de controle do que em compromissos reais com o desenvolvimento do país, começa a se mostrar prejudicial ao bem-estar do povo angolano. A resistência à implementação das autarquias locais não só contraria a constituição, mas também impede o progresso e a participação democrática das comunidades locais na gestão de seus próprios assuntos.


Para o bem de Angola, talvez seja hora de o MPLA reconhecer seus limites e abrir espaço para uma renovação política que traga novas perspectivas e compromissos verdadeiros com a descentralização e o desenvolvimento do país.


Por Hitler Samussuku


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