Os funcionários dos supermercados Arreiou denunciam irregularidades praticadas na empresa e lamentam que as autoridades competentes nada façam para obrigar ao cumprimento da Lei Geral do Trabalho.
A direcção da empresa nada diz publicamente a respeito das acusações dos funcionários e quando contactada pelo Novo Jornal um elemento desta simplesmente colocou entraves burocráticos inultrapassáveis.
"Aqui se trabalha diariamente 10 horas ao invés de oito, um funcionário deve fazer tudo, descarregar mercadorias nas viaturas, limpar o chão da loja, ser supervisor, operador de caixa e segurança ao mesmo tempo", contaram dois trabalhadores ao Novo Jornal.
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Um gerente de loja, no Cazenga, descreveu que são muitas as queixas dos clientes e dos próprios funcionários à direcção da empresa, mas a situação mantêm-se inalterada.
Conforme esse gerente, é difícil encontrar nas lojas Arreiou trabalhadores com mais de seis meses de casa, tudo porque ninguém suporta as exigências da empresa.
Uma funcionária gravida contou a Novo Jornal que trabalha de pé o dia todo, e que só não desistiu ainda por estar a receber ajuda moral dos colegas.
A funcionária contou que não vai conseguir aguentar e não lhe restará outra saída a não ser desistir do emprego, visto que muitos já se queixam e nada acontece.
Ao Novo Jornal, os funcionários queixam-se também da falta de segurança nas lojas e asseguram que são eles que têm de lidar com as situações de roubo por parte dos clientes, que em muitos casos terminam em brigas.
O Novo Jornal tentou ouvir um alto responsável da direcção das lojas Arreiou em Luanda, mas não teve sucesso, mantendo esforços para ouvir a direcção.
Novo Jornal
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1 Comentários
Boa tarde caros compatriotas, infelizmente estamos num país com dirigentes e extremamente corruptos que usam o poder que têm para subjugar aqueles que dependem de salários. Concordo plenamente com o que estes trabalhadores dizem, com conhecimento de causa, Para além de tudo que foi dito e com à mais pura verdade, nesta empresa trabalhadores há, que fazem as tais ditas diretas que obriga os funcionários à sair de casa 04:i e 05:00h para chegar as 06:00 e por vezes saírem às 22:00 por conta das ausências de funcionários desgastados com o trabalho. Estes funcionários não são remunerados pelas horas à mais que são submetidos ou forçados à fazer. Infelizmente alguém está à beneficiar-se desta situação, porque as instituições competentes nada fazem. Com uma carga horária tão pesada e com o salário rasca que pagam, ainda por cima os funcionários só usufruem de um dia de folga o que não se admite, fazem-no porque sabem que haverá impunidade e que as pessoas precisam destes empregos devido ao que se vive aqui. Eu comparo este arreio ao filme que retratou à história verídica do diamante de sangue na Serra Leoa. É preciso se colocar um travão à esta e outras em Angola. O seus recursos humanos em letras minúsculas porque se houvesse à possibilidade de diminuir mais o faria, são uns instrumento do demônios.
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