ATROPELOS NA GESTÃO DA COMPANHIA DE BANDEIRA



No acto de empossamento do Conselho de Administração da TAAG liderado por Ana Francisca da Silva Major (Presidente do Conselho de Administração Não Executiva) e Eduardo Fairen Soria (Presidente da Comissão Executiva), o Ministério dos Transportes introduziu na TAAG, pela primeira na sua história, uma composição bastante reduzida, ágil e funcional com apenas 5 (cinco) Membros Executivos, para imtegrar a Comissão a Executiva, e dois Membros Executivos que se juntavam ao Conselho de Administração.


Na nota passada pelo órgão ministerial, esta alteração foi justificada pela necessidade de "permitir o reposicionamento da companhia, enquanto empresa estratégica de referência nacional e intercontinental."

Foi também referenciada a necessidade de redução de custos face ao número de Administradores que havia no Conselho de Administração anterior.



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Desde que foi transformada em Sociedade Anónima (S.A.) e com a alteração do seu modelo de governação Corporativa, a TAAG teve dois bons exemplos do papel que um Administrador Não Executiva deve ter na Companhia: fiscalizar os actos de gestão, sem interferência na gestão diária.

Os dois bons exemplos que se podem citar são o do ex-Presidente do Conselho de Administração Não Executivo, Hélder Preza, e do ex-Administrador Não Executivo Rui Carreira.

Ana Major deu o primeiro passo no processo de interferência de um Não Executivo na Gestão corrente da Companhia, tendo exercido poder igual (ou superior) aos do Presidente da Comissão Executiva da altura.


Volvidos cerca de ano e meio e após o primeiro resultado positivo apresentado nas contas da TAAG, houve sucessivas alterações no Conselho de Administração da Companhia e um acréscimo elevado no número de membros membros do Conselho Administração, incluindo os Administradores Não Executivos, que passou de 1 (sem incluir o Presidente do Conselho de Administração) para 3.


Iuri Neto, Jaime Miguel Carneiro e Misayely Abias foram nomeados Administradores Não Executivos, mas quem os vê a actuar sem o conhecimento das suas verdadeiras funções terá dificuldades de enquadrá-los na descrição de Administradores Não Executivos.

Estes 3 (três) mais o Presidente do Conselho de Administração Não Executivo, António dos Santos Domingos, estão plenamente envolvidos na gestão corrente da TAAG como qualquer um outro Administrador Executivo.

Iniciam projectos e têm viagens com avultadas despesas como qualquer um outro Administrador Executivo. Tomam decisões como qualquer um outro Administrador Executivo.


Diferentemente dos outros três Não Executivos mencionados, cujas valências para a aviação civil são discutíveis, Misayely Abias é manifestamente um respeitado e competente quadro da TAAG, mas nem isso deve servir como justificação para que se mudem os papéis para os quais cada Membro do Conselho de Administração da Companhia foi designado.


Pergunta-se: estamos todos desactualizados em matéria de governação corporativa das empresas ou estarão estes 4 (quatro) desavisados sobre qual é o seu verdadeiro papel enquanto membros Não Executivos do Conselho de Administração da TAAG?


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