Informações sugerindo que Cristian Malanga teria usado o território angolano para realizar um atentado contra as autoridades da República Democrática do Congo (RDC) estão alimentar apelos por uma ruptura com o Presidente angolano João Lourenço. A narrativa emergente na RDC insinua que Lourenço teria conspirado com seu homólogo ruandês, Paul Kagame, contra o Presidente congolês Félix Tshisekedi e que a suposta evidência seria o uso do território angolano por forças hostis ao governo da RDC, nomeadamente o grupo de Malanga.
Neste domingo, uma famosa plataforma digital congolesa, a "Actualité 26 TV", produziu uma notícia sensacionalista insinuando que as Forças de Defesa do Ruanda teriam estado em território angolano, por intermédio de Cristian Malanga, acusando João Lourenço de ter executado um plano contra o seu homólogo da RDC.
As reações sobre o tema estão a ter lugar em três destacadas plataformas da RDC como "Actualité 26 TV", "TOP Congo FM", e "LES CONGO EST A NOUS", esta última aderida por 338 mil subscritores.
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No geral, os comentários nas redes sociais congolesas refletem uma série de sentimentos e percepções negativas em relação a Angola e à mediação de João Lourenço no contexto dos conflitos e acordos envolvendo a RDC (República Democrática do Congo).
Vários comentários indicam uma profunda desconfiança na capacidade e imparcialidade de João Lourenço como mediador, sugerindo que o estadista angolano pode estar a favorecer o lado "inimigo".
O internauta, Willy Kabamba, por exemplo, menciona a necessidade de a RDC se retirar dos acordos para a estabilidade do país envolvendo Angola e Ruanda, sugerindo uma desconfiança generalizada na eficácia dessas negociações.
Gaspar Dnyoka afirma que os acordos não dão qualquer vantagem à RDC e critica o mediador (João Lourenço) por supostamente favorecer o inimigo.
Muitos comentários ressaltam a importância da RDC defender a sua própria soberania e proteger as suas fronteiras, mesmo que isso signifique romper com acordos internacionais. O internauta que se apresenta como "JC" pede que o presidente da RDC assuma a responsabilidade de fortalecer os militares na fronteira com Angola.
Afonso Makabi sugere a necessidade de mobilizar um grande número de soldados prontos para o combate, demonstrando um sentimento de urgência na defesa nacional.
Há igualmente nos comentários uma sensação de hostilidade e alarme em relação ao papel de Angola e à presença de supostos militares ruandeses em Luanda, o que é visto como uma ameaça potencial. O internauta identificado por "Mubenga" e outros sugerem que a RDC deve armar e mobilizar reservistas para proteger as fronteiras. Já comentários como o de Turgut2023 mostram que alguns internautas consideram as informações alarmistas e exageradas, mas ainda assim, há um tom de prontidão para o conflito.
Outros comentários refletem frustração com a liderança interna da RDC e sua capacidade de lidar com questões de segurança e governança. Kanyinyi Paluku, por exemplo, critica a liderança atual do seu país, sugerindo que o presidente Tshisekede deve assumir um papel mais ativo e eficaz.
Já o internauta de nome Nkashama expressa a necessidade de proteger as fronteiras sem confiar nos vizinhos e critica os políticos locais por não fazerem nada substancial.
Analises aos comentários feitos pelo Club-K, indicam haver uma clara divisão de opiniões entre os internautas, com alguns pedindo ação imediata e outros desconsiderando as ameaças como exageradas. O comentarista Eduardo Makiese defende que Angola não tem interesse em balcanizar a RDC e pede para não acusarem João Lourenço injustamente.
Um outro de nome "Turgut" considera a informação falsa (quanto ao alegado conluio de JL e Paul Kagame para derrubarem Tshisekede) e critica o alarme desnecessário.
Os sentimentos predominantes entre os internautas congoleses em relação a Angola incluem desconfiança, ceticismo, hostilidade, nacionalismo, frustração com a liderança local e divisões internas sobre como responder à situação. A narrativa de uma conspiração entre João Lourenço e Paul Kagame contra Félix Tshisekedi está a intensificar as tensões e alimentando debates fervorosos nas redes sociais da RDC.
Club-K
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