O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) anunciou a realização do seu próximo congresso para novembro deste ano. A informação foi divulgada pelo Secretário-Geral Paulo Pombolo, em declarações prestadas à imprensa no sábado, 26 de maio, durante a Assembleia de Balanço e Renovação de Mandatos do CAP 270, no município do Kilamba Kiaxi.
Apesar de confirmar a realização do evento para este ano, o alto dirigente não especificou se será um congresso extraordinário ou ordinário. A distinção é crucial, pois os congressos extraordinários têm competências limitadas, não permitindo, por exemplo, alterações no Comitê Central ou nos estatutos do partido.
Os congressos ordinários ocorrem em intervalos regulares, conforme os estatutos do MPLA. Durante esses congressos, os delegados eleitos, representando os militantes, simpatizantes e amigos do MPLA, avaliam o funcionamento do partido e o cumprimento das decisões e promessas eleitorais anteriores. É nestes congressos que o mandato da direção é renovado e os estatutos podem ser alterados.
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Por outro lado, os congressos extraordinários são convocados em situações específicas, com competências mais restritas. Estes congressos podem eleger um novo presidente do MPLA em caso de impedimento definitivo ou renúncia do atual presidente e deliberar sobre pontos específicos da agenda de trabalhos. São convocados para tratar de questões urgentes ou excepcionais.
João Lourenço, o atual líder do MPLA, é apontado como empenhado em manter-se na liderança do partido para, em 2027, tentar um terceiro mandato nas eleições gerais por meio de uma alteração constitucional. Vários analistas em Angola alertam sobre as limitações que Lourenço enfrenta para concorrer à sua própria sucessão na presidência do partido, nos termos de um congresso ordinário.
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