Ainda há pouco tempo, o meu amigo Armindo Lucas Paulo Lukamba "Gato" recordava que, «há 50 anos, num dia como hoje, o reitor do Liceu Norton de Matos em Nova Lisboa [José Gil Correia Monteiro], mandou-me chamar para o seu Gabinete e disse: "Agora chegou a vossa vez! Espero que consigam, vocês próprios, gerir este vosso grande, belo e rico país".
O Lucas (era assim que o tratávamos) continua: «O senhor reitor ficaria com certeza decepcionado, se ainda estivesse em vida, por duas razões:
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a) porque eu só obtive a minha nacionalidade 28 anos depois da independência, isto é, em 2002 quando terminou a guerra civil.
b) ele ficaria ainda mais frustrado ao saber que para além do acto formal da obtenção de um Bilhete de Identidade nacional, nada mais ganhei com a independência.»
E, tal como aconteceu quando foi general de Jonas Savimbi em que não tinha medo das armas inimigas, hoje o Lucas não tem medo das palavras quando elas são verdadeiras e, por isso, imunes ao fogo da mentira.
Diz ele: «Não temos melhores sistemas de Saúde e de Educação. Não temos um modelo económico que crie e distribua a riqueza. Não temos oportunidades de emprego, nem poder de compra. As pessoas não têm melhor segurança para si e seus bens, entre tantos outros factores que configuram o bem-estar social.»
O Lucas termina: «Se o meu reitor estivesse ainda em vida, ficaria mesmo assim, com uma nesga de esperança por dias melhores para esta Angola, ao constatar que os angolanos não atiraram a toalha ao tapete, continuam a lutar para inverter o "status quo"... »
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