Segundo as informações que a *NSIS REFLEXÕES* teve acesso, os efetivos acusam o comandante daquela unidade de práticas de corrupção e nepotismo pelo facto do mesmo ter feito as propostas de nomeação, promoção em sua residência sem a presença dos membros do conselho da Unidade, excepto o chefe de pessoal e quadro que é Agente de primeira classe apenas.
No decorrer do processo o comandante fez as propostas e os efetivos foram obrigados a pagar um valor monetário na ordem de 100 a 200 mil kwanzas a fim de ascender a uma função e/ou um curso privilegiados .
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A fonte ainda destacou que , o comandante da mesma unidade prometia prejudicar os efetivos antes de ser transferido, principalmente aqueles que não estavam a colaborar ou seja pagar o valor exigido como condição sine-quo-no para as promoções. O Comandante se sentia assegurado porque em algumas vezes mandava carrinhas com alimentação das tropas e peixes em grandes quantidades para alguns Oficiais comissário da POLICIA DE GUARDA FRONTEIRA.
Existe efetivos naquela unidade que foram membros do conselho consultivo e chefiaram algumas áreas por muitos anos, entretanto logo que as áreas foram elevadas a secção o comandante da unidade em troca de valores colocou pessoas sem experiências e formações para chefiarem as secções , uma situação que beliscou as relações ao ponto fazer-se promessas de morte entre os colegas .
Na semana passada os efetivos aperceberam-se de um determinado número de pessoal que foi selecionado aos cursos de: COMANDANTE DE SUB-UNIDADE, OFICIAIS DE OPERAÇÕES, RECONHECIMENTO E PELOTÃO que teve inicio no dia 07/05/2024 no centro de instrução do MONGUA, BENGO (Ambriz)
Os efetivos procuram esclarecimento de quais foram os critérios de avaliação para as propostas de seleção pra as nomeações, promoções e acesso aos cursos uma vez que alguns efetivos não constam na efetividade da unidade, entretanto foram selecionados ao curso como efetivos da mesma e existem também muitos efetivos que não sabem ler e nem escrever, mas estão a frequentar os cursos no Centro em que o comandante foi transferido.
Ainda na sequência a fonte afirmou que os efectivos estão cansados dos comandantes corruptos e não querem a presença da INSPECÇÃO PROVINCIAL DO CUANZA-SUL porque ao invés de investigar as denúncias e resolver os problemas, procura acusar pelo menos um ou dois efetivos pelas denúncias, punem os azarados e no final diz que é pra dar exemplo ou desincentivar quem ouse fazê-las.
Nota que , o facto aconteceu na primeira denúncia feita em 2022 no processo das primeiras nomeações que também existiram os mesmos esquemas de corrupção e nepotismo podendo prejudicar uns e beneficiar os que haviam pago os valores exigidos pelos chefes .
A inspeção provincial sabe que os efetivos daquela unidade construíram a unidade de bate- chapa tirando os valores de seus próprios bolsos.
A inspeção Provincial sabe que o chefe de transporte está há mais de 2 anos que não recebe as fichas de combustível porque é o Comandante quem as recebia e durante este tempo já foram desviados mais de 6/7 mil litros, no entanto muitos meios ficaram parados e estão em estado de degradação por falta de combustível pra colocar em funcionamento.
A Inspeção Provincial sabe que o Comandante da unidade desviava alimentação com o chefe logístico, e logo que os efetivos descobriram as suas falcatruas o mesmo sacrificou o Logístico dizendo com petulância em parada o seguinte:
Como paira entre vós que eu também estou envolvido nos esquemas do logístico, então vou afunda-lo e o mesmo foi retirado como chefe de secção.
A inspeção Provincial sabe que os efetivos são nomeados há mais de 2 anos nas classes de Oficial, especialista, Subchefe e especialista , no entanto nunca viram os benefícios destas nomeações. Ora,recentemente , voltaram a ser propostos para uma segunda nomeação e o COMANDO PROVINCIAL NÃO DÁ SE QUER UMA EXPLICAÇÃO SOBRE AS RAZÕES DOS EFETIVOS NÃO AUFERIREM OS SALÁRIOS DE ACORDO AS FUNÇÕES E AS PATENTES DAS NOMEAÇÕES ANTERIORES.
A inspeção Provincial sabe que os efetivos consomem água imprópria(com sapos) e estão há mais de 3 meses sem água mesmo estando aquartelados.
Para se ter água com alguma qualidade para o consumo quotidiano, cada efetivo leva a sua própria água ou devem contribuir para o pagamento de uma cisterna de abastecimento privado.
A inspeção Provincial sabe que os efetivos não tem caserna porque a que eles haviam construído já está destruída.
A fonte continuando fez ainda saber que a inspeção Provincial também tem o conhecimento de que os efetivos tem apenas 3 metades de colchões e não há nenhuma cama para passar a noite numa unidade onde os mesmos estão aquartelados, porquanto passam as noites ao relento e em condições desumanas.
Para concluir a fonte no tom de desabafo informou a NSISA REFLEXÕES que o COMANDO GERAL DA POLICIA NACIONAL quando apercebeu-se dos esquemas de corrupção, nepotismo e de má gestão do comandante ao invés de puni-lo disciplinarmente, sem antes ser exonerado da função anterior foi promovido a sub-comissário e nomeado para exercer o cargo de COMANDANTE DO CENTRO DE INSTRUÇÃO MÁRTIRES DO MONGUA na província do Bengo (Ambriz).
OS EFETIVOS DAQUELA UNIDADE AFIRMAM QUE EXISTE MUITA CORRUPÇÃO DENTRO DA POLICIA NACIONAL…
Jerónimo Nsisa
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