Na manhã seguinte à sua actuação no jantar-dançante, que juntou, no Covento do Beato, o Presidente da República a centenas de angolanos residentes em Portugal, sobretudo, os cantores Barceló de Carvalho “Bonga” e Paulo Flores foram ao encontro do chefe de Estado no Olissippo Lapa Palace Hotel, onde ele se hospedou.
Sábado, antes de partir para nova tournée asiática, destinada a conhecer Seoul, a capital da Coreia do Sul, o Presidente João Lourenço recebeu, na suite presidencial do Palace Hotel, algumas entidades, de entre as quais Bonga e Paulo Flores.
Embora não se conheça o teor da conversa que o trio manteve, é de todo improvável que os dois famosos cantores tenham ido ao hotel tratar com o Presidente da República o pagamento do cachet devido à sua actuação na farra da noite anterior.
Fisioterapia ao domicílio com a doctora Odeth Muenho, liga agora e faça o seu agendamento, 923593879 ou 923328762
Até porque é suposto que o pagamento aos músicos tenha sido incumbido à Karga Eventos, a empresa que cuidou da parte artística da festança.
Bonga, Paulo Flores e Té Macedo juntaram-se a uma legião de artistas, de que se destacam Yola Semedo, Eddy Russa, Edmásia Mayembe, Matias Damásio e Kyaku Kyadaff, que viajaram a Lisboa expressamente para animar o faustuoso jantar com que o Presidente João Lourenço assinalou a sua passagem pela capital lusa.
Conhecidos pelas suas posições críticas ao Executivo de João Lourenço, Bonga e Paulo Flores eram presenças pouco prováveis no jantar-dançante. A sua inesperada participação mereceu demorados aplausos por parte dos organizadores do megaevento. O próprio Presidente da República e sua esposa pareceram surpresos com a presença dos dois conhecidos músicos.
Três dias depois da sua actuação no megajantar-dançante, Paulo Flores rebateu as críticas à sua participação com o argumento de que não é “contra nada nem nunca fui” e que “é a favor de uma Angola melhor e mais inclusiva para todos”.
O artista lembrou, também, que “não foi a primeira vez que cantei para o presidente João Lourenço, como cantei várias vezes para o presidente José Eduardo dos Santos e não foi por isso que deixei de ser mais ou menos independente nas minhas posições em defesa dos que realmente sofrem em Angola”.
Já Barceló de Carvalho ignorou totalmente as críticas à sua participação na “apoteótica noite de confraternização”, segundo definição do CIPRA.
Eclético, Bonga também não condiciona as suas actuações a cores partidárias.
Em 1988 foi a principal estrela nos festejos comemorativos do 22º aniversário da UNITA.
Em Novembro de 2018, o Presidente João Lourenço condecorou-o com a Medalha de Bravura e de Mérito Cívico e Social.
“É grande acontecimento para a minha vida pessoal e da minha família este reconhecimento da nação angolana, da nossa terra e para mim passa a ser o símbolo mais importante do meu currículo. Ainda bem que assim acontece porque derivado das mudanças a ocorrerem agora isso significa que estamos no mesmo diapasão”, comemorou.
No “mesmo diapasão”, em Agosto de 2022 compôs e cantou o hino Alternância, de suporte à campanha eleitoral da UNITA. Em 1992 foi ele também o autor do Calças Novas em Setembro, que animou a campanha eleitoral da UNITA naquele ano.
Correio Angolense
Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação
0 Comentários