O fracasso Económico de João Lourenço



Por alguma razão misteriosa, os economistas angolanos que ocupam pastas fundamentais (super-Ministério da Economia e governo do banco central) não obtêm resultados na economia angolana. É uma persistente sequência de incapacidades e de falta de correspondência entre discursos e realidade que desmoraliza qualquer um. 

Neste momento, falamos de José de Lima Massano e de Manuel António Tiago Dias, respectivamente, ministro de Estado da Coordenação Económica e governador do Banco Nacional de Angola (BNA). Não se entende o que fazem e por que o fazem. Acima de tudo, não se vêem resultados. 

Basta lançar números concretos e reais baseados em organismos oficiais como o BNA e o Instituto Nacional de Estatística (INE) para perceber que a política económica não está a funcionar. Comecemos pela subida de preços e pela absurda política monetária. 


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A última taxa de inflação anunciada pelo BNA é de 26,09%. Há uma persistente e acelerada subida dos preços. No entanto, o BNA age como se fosse o contrário, como se os preços estivessem a descer. A Taxa BNA é de 19%, a taxa de cedência de liquidez é de 19,5% e a taxa de absorção de liquidez é de 18,5%. Todas estas taxas são negativas em termos reais (isto é, subtraindo a inflação). 

Quer isto dizer que o preço do dinheiro é baixo, mas mesmo assim o BNA oferece dinheiro, em vez de o retirar de circulação. O resultado é o óbvio: mais dinheiro em circulação, mais inflação. Todo o sistema do BNA está montado para facilitar a subida de preços. É bizarro.

O quadro abaixo demonstra que M2 (dinheiro e quase dinheiro em circulação) aumentou brutalmente entre o final de 2022 e o ano de 2023, o que obviamente provocou uma subida acentuada dos preços, como se verifica no quadro evolutivo da inflação. O BNA alimenta a inflação. É mesmo muito estranho que o BNA siga uma política pró-inflacionista.

Maka Angola 

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