Um grupo de empresários da província do Moxico expressou sua decepção com a falta de incentivo e apoio do Estado e do governo provincial. Liderados por Benjamim Afonso, os empresários locais alegam ter enviado uma carta em 2019 ao Secretário do Presidente para o Setor Produtivo na época, porém não receberam resposta.
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Os empresários, incluindo Luís César Amândio, Dona Terezinha do Sr. Kanga e outros dois empreendedores, afirmam ter enfrentado dificuldades ao longo dos anos, sem qualquer apoio ou incentivo constitucional por parte das autoridades governamentais. Eles alegam ter fornecido crédito, bens e serviços às instituições governamentais, inclusive com dívidas pendentes que não foram pagas até hoje.
Desde 1992, essas empresas locais afirmam ter sido excluídas do acesso a crédito destinado a impulsionar o setor empresarial nacional. Elas relatam que o governo provincial concentrou todas as propriedades financiadas com dinheiro público, resultando em abandono e distribuição injusta desses importantes ativos. A falta de oportunidades para empresários locais tem sido uma realidade dolorosa e difícil na província.
Um exemplo citado é a experiência de Benjamim Afonso, que em 2004 estabeleceu uma fazenda com 15 mil aves para produção de ovos e três mil aves de corte. Ele afirma não ter recebido nenhum apoio ou reconhecimento moral por parte das autoridades governamentais. Em 2006, Afonso fundou a primeira cerâmica de fabricação de tijolos de barro vermelho na região, mas não recebeu sequer uma visita das autoridades.
Os empresários ressaltam que foram pioneiros em várias atividades comerciais na cidade, como as primeiras empresas 100% privadas após a independência. No entanto, nunca receberam qualquer tipo de apoio, enfrentando inúmeras barreiras. Benjamim Afonso também destaca que criou a maior fazenda de suínos da história da província, com 3.210 animais, mas desistiu devido à falta de apoio moral e financeiro.
A situação na província do Moxico tem causado tristeza e revolta entre os empresários locais. Eles observam que, enquanto outras províncias recebem apoio do governo em momentos difíceis, o Moxico tem sido negligenciado. As cinco empresas mencionadas na carta enviada ao presidente solicitaram a privatização da fazenda em questão, propondo um pagamento parcelado. No entanto, nunca receberam resposta oficial. Para a surpresa dos empresários, a fazenda foi privatizada para um investidor estrangeiro que, posteriormente, encerrou suas operações agrícolas.
Benjamim Afonso, que dedicou sua juventude à defesa da pátria como oficial ativo, faz um apelo para que situações como essa sejam evitadas, pois não contribuem para o desenvolvimento da província. Ele destaca a crescente saída de jovens em busca de oportunidades em outras regiões e defende a necessidade de unir forças para promover o desenvolvimento do Moxico.
Os empresários locais esperam que suas preocupações sejam ouvidas e que medidas sejam tomadas para incentivar o empreendedorismo e apoiar o setor empresarial na província do Moxico, a fim de promover um ambiente propício ao crescimento econômico e à criação de empregos.
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