No dia de ontem, segunda-feira, o presidente do extinto partido NJANGO, Dinho Chingunji, conhecido como "Corrupto Dinho Chingunji", apresentou um novo projeto político com o objetivo de concorrer às eleições de 2027. O partido, denominado PJ-Força Angola, é apresentado como uma alternativa política para o país.
Dinho Chingunji ganhou notoriedade ao desviar milhões de kuanzas das eleições de 2022, conforme documentos obtidos pelo Lil Pasta News. O ex-líder do NJANGO foi acusado de utilizar um esquema de faturação falsa, prejudicando os contribuintes angolanos, o Estado e o próprio partido. Estima-se que mais de 1 bilhão de kuanzas tenham sido desviados durante o processo eleitoral, com o intuito de enriquecimento pessoal.
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O esquema envolvia a criação de um "saco azul", uma contabilidade paralela ou caixa B, comumente associada à corrupção e à fraude fiscal. Dinho Chingunji utilizou recursos do partido de forma abusiva, envolvendo familiares e amantes em um amplo esquema de angariação de fundos para executar a corrupção. Entre as ações fraudulentas, destacam-se o pagamento de despesas superfaturadas em material de propaganda, a aquisição de uma música não utilizada durante a campanha e a compra de veículos para uma ex-amante responsável pelas compras oficiais do partido, com a cumplicidade de dois primos, Albino e Ambrósio.
O "saco azul" era utilizado para o pagamento clandestino de despesas e favores, com parte do dinheiro sendo destinado aos "cupapatas" nos bairros. O restante dos recursos não retornava aos cofres do partido ou era utilizado para outras despesas, mas sim era acumulado no "saco azul" fixo em Nova Vida. Durante a campanha eleitoral, a cada roteiro turístico, o saco azul era preenchido com dinheiro, e o excedente era depositado em Nova Vida. No entanto, houve um incidente em que Dinho Chingunji esqueceu a maleta castanha no blindado Mercedes G 63, saindo de cima dela de maneira inusitada, embaraçosa e chamando por Cláudio, que rapidamente recuperou o saco azul ambulante.
Em relação ao suposto "saco azul" de Nova Vida, que levou à acusação de Dinho Chingunji por crimes como fraude fiscal, falsificação de documentos, gestão danosa, branqueamento de capitais, obstrução da Comissão Liquidatária e apropriação indevida de bens e equipamentos adquiridos com fundos públicos pelo partido, os quadros superiores do ex-P-NJANGO apresentaram uma providência cautelar junto ao Ministério Público. O objetivo é congelar os bens e nomear um fiel depositário para garantir a preservação dos ativos, temendo que o ex-líder possa dissipar o patrimônio adquirido de forma ilícita, incluindo supostas heranças familiares.
Com a abertura do ano judicial, espera-se que ocorram novos desdobramentos nos próximos dias em relação a essas questões jurídicas e políticas envolvendo Dinho Chingunji e o seu novo projeto político, o PJ-Força Angola.
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