O Banco Angolano de Investimento (BAI) anunciou recentemente o cancelamento de um programa de crédito direcionado às zungueiras, desobedecendo assim as orientações do Banco Nacional de Angola (BNA) no que diz respeito à inclusão financeira para a redução da pobreza.
O anúncio foi feito pelo CEO do BAI, Luís Lélis, através das redes sociais, onde expressou sua profunda tristeza ao comunicar o cancelamento do referido programa. Essa decisão do banco representa um abandono das zungueiras, ao passo que o Banco de Comércio e Indústria (BCI) continua a demonstrar apoio a essas mulheres batalhadoras.
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O BAI tem sido alvo de críticas no mercado nacional devido à lentidão na concessão de crédito, problemas operacionais com cartões e burocracia no atendimento. Agora, com a recusa de apoio às zungueiras, fica evidente que essa instituição bancária não está preparada para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade. O empréstimo fornecido por meio desse programa seria fundamental para garantir o bem-estar das famílias dessas mulheres, muitas das quais são viúvas e trabalham diariamente para sustentar seus filhos, inclusive aqueles que frequentam a universidade.
A falta de compromisso do BAI com iniciativas voltadas à redução da pobreza e à inclusão financeira é preocupante, uma vez que essas medidas têm o potencial de impulsionar o desenvolvimento social e econômico do país. É fundamental que as instituições financeiras assumam a responsabilidade de apoiar os setores mais vulneráveis da sociedade, contribuindo assim para a construção de uma Angola mais justa e próspera.
É esperado que o BAI reveja sua decisão e reavalie a importância de programas como o de crédito para zungueiras, reconhecendo o papel fundamental que essas mulheres desempenham na economia local e a necessidade de oferecer-lhes oportunidades de crescimento e desenvolvimento. A sociedade angolana aguarda, portanto, uma postura mais comprometida e responsável por parte dessa instituição bancária.
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