Abel Chivukuvuku cria "novo" partido para tentar passar no crivo do Tribunal Constitucional



Depois de o Tribunal Constitucional ter chumbado "mais uma vez" o projecto político PRA-JA servir Angola, no princípio deste mês, o seu coordenador, Abel Chivukuvuku, anuncia avançar este final-de-semana com outra denominação "PRA-JÁ Força Angola" para contornar os obstáculos criados no Tribunal Constitucional (TC).

"Durante as próximas semanas vamos entrar novamente na luta com uma diferença, desta vez não vai se chamar PRA-JA servir Angola, mas PRA-JA Força Angola", informou o político aos jornalistas, durante uma palestra sobre as autarquias dirigida aos seus militantes na cidade de Caxito, província do Bengo.



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"Vamos continuar na Frente Unida Patriótica (FPU) até às eleições gerais de 2027", acrescentou Abel Chivukuvku que defendeu a necessidade de reformular e alargar a Frente Unida Patriótica.

Essa reformulação, explicou, visa adaptar o Bloco Democrático no modelo de agregação para não ser extinto, e alargar a FPU a outros segmentos da sociedade civil.

Refira-se que, no princípio deste mês, o Tribunal Constitucional negou o provimento do recurso interposto pelo coordenador do projecto político PRA-JÁ Servir Angola.

Segundo o TC, o recorrente não indicou documentos novos ou supervenientes, "nem sequer juntou aos autos sentença transmitida em julgado que se tenha pronunciado sobre a falsidade de tais documentos".

O TC rejeitou em definitivo, em 07 de Dezembro de 2020, a legalização do Partido do Renascimento Angolano-Juntos Por Angola (PRA-JA) Servir Angola, por "não suprir insuficiências" e apresentar "alegações ambíguas", remetendo nova tentativa para dali a quatro anos, num processo que se arrasta desde 2019.

Abel Chivukuvuku saiu em 2012 da UNITA, onde era militante desde 1974 e ex-dirigente, e, no mesmo ano, fundou a coligação Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE).

Em 2019, foi destituído da presidência pelos partidos constituintes da coligação por alegada "quebra de confiança" e iniciou em Agosto o processo de legalização da sua nova formação política, o PRA-JA Servir Angola.

O processo de legalização do PRA-JA Servir Angola arrastou-se desde Agosto de 2019, com sucessivos "chumbos" do Tribunal Constitucional, alegando irregularidades na documentação apresentada para o efeito. NJ


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