Angola encontra-se diante de uma situação política delicada, na qual tanto o povo quanto a UNITA - principal partido de oposição - aguardam que o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) seja retirado do poder. Essa espera incessante assemelha-se a um jogo de cabra-cega, em que cada lado espera que o outro tome a iniciativa. No entanto, a UNITA percebe que não conseguirá alcançar seus objetivos apenas por meio das eleições, e está ciente disso. Por outro lado, é uma certeza absoluta que o MPLA recorrerá sempre a artimanhas para se manter no poder. Diante desse cenário, é importante questionar: quem é o responsável por essa situação? Culpar o povo por dar seu voto à UNITA não parece justo, pois é o partido que acaba aceitando as trapaças do MPLA, indo contra a vontade daqueles que o apoiaram.
A UNITA parece confiar no fato de que o povo, como único soberano, é capaz de retirar o MPLA do poder. No entanto, é difícil visualizar como isso aconteceria. Se nas eleições passadas e em outras ocasiões, o povo deu sua maioria de votos à UNITA, por que o partido ainda não governa o país? Por que a UNITA acaba aceitando as artimanhas do MPLA, mesmo contrariando a vontade daqueles que lhe deram o voto de confiança?
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É justo questionar qual o valor dos votos concedidos ao partido se ele não consegue governar o país. Parece que o problema não está no povo, que tem exercido seu direito de voto, mas sim na UNITA, que acaba por não governar porque não lhe é permitido. O partido parece aceitar e legitimar o que deveria, na verdade, negar.
Diante dessa análise, é possível concluir que a culpa não recai sobre o povo, que tem exercido seu direito de voto, mas sim sobre a UNITA, que não tem conseguido assumir o governo por não lhe ser permitido. É crucial compreender que o povo não tem culpa se confia seus votos à UNITA e esta não governa. A situação política em Angola é complexa e exige um esforço conjunto para que sejam alcançadas mudanças significativas. É necessário que a UNITA se fortaleça e lute contra as artimanhas do MPLA, garantindo assim a representatividade e a vontade dos eleitores. Somente dessa forma o país poderá avançar rumo a um futuro político mais justo e democrático.
Fernando Vumby
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