Grupo de jovens são detidos por tentarem criar associação cívica

 


No último sábado, durante a cerimônia de posse dos membros diretivos do Movimento Hip Hop Terceira Divisão, uma associação cívica surgida no município de Cacuaco, em Luanda, ocorreu uma ação policial que resultou na detenção dos membros fundadores. Entre os detidos estão Cheick Hammed Hata, JS Mwanangola e Júlio Pascoal.


O Movimento Hip Hop Terceira Divisão é uma iniciativa cívica que busca promover a participação ativa dos jovens na vida pública do país. No entanto, essa manifestação pacífica foi interrompida de forma abrupta com a prisão dos membros fundadores.



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Um dos membros, que preferiu não se identificar, expressou sua indignação em entrevista ao Lil Pasta News, ressaltando que uma iniciativa cívica não constitui nenhum crime. Além disso, ele argumentou que a Constituição do país incentiva a participação dos cidadãos na vida pública.


A detenção dos membros do Movimento Hip Hop Terceira Divisão levanta preocupações sobre a liberdade de expressão e o direito dos cidadãos de se organizarem em associações civis para promoverem causas de interesse público. A ação policial durante a cerimônia de posse demonstra uma possível repressão às vozes da juventude angolana que buscam ativamente contribuir para o desenvolvimento e a transformação social do país.


Até o momento, as autoridades não divulgaram as razões oficiais para a detenção dos membros do movimento. No entanto, espera-se que sejam garantidos os direitos constitucionais dos detidos, incluindo o devido processo legal e o direito à defesa.


O Movimento Hip Hop Terceira Divisão já havia despertado a atenção da sociedade angolana e recebido apoio de diversos setores da população. Sua missão é fortalecer a voz dos jovens e usar a cultura Hip Hop como uma ferramenta para promover a inclusão social, a igualdade e o empoderamento das comunidades marginalizadas.


A detenção dos membros fundadores do movimento levanta questões importantes sobre a liberdade de expressão e a proteção dos direitos dos cidadãos em Angola. É fundamental que as autoridades esclareçam as circunstâncias dessa ação policial e garantam que o exercício legítimo do direito de associação seja respeitado e protegido no país.


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