CHINESES “ESMAGADOS” MESMO JOGANDO EM CASA



À primeira vista, a foto pode sugerir que o encontro teve lugar em Luanda ou noutra localidade angolana.

Mas, não!

Disponibilizada pelo CIPRA (o que quer dizer que na Presidência da República mata-se a cobra e mostra-se o pau), a foto retrata o momento em que o Presidente. João Lourenço é saudado por um alto dignitário chinês.

Como se vê, o anfitrião tem atrás de si apenas quatro indivíduos, ao passo que João Lourenço tem a “escoltá-lo” um batalhão de pessoas.

O que quer dizer que, apesar de ser o segundo país mais populoso do mundo (só suplantada pela Índia), a China não ombreia com Angola quando se trata de reunir delegações oficiais.


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A elevada e despropositada “escolta” que João Lourenço levou à China desmente a narrativa de cofres vazios que o Governo se esforça por vender aos angolanos.

Para ir mendigar, como foi o caso, o reescalonamento da dívida e implorar financiamentos para a construção do Metro de Superfície de Luanda (os alemães da Siemens já foram descartados?), Refinaria do Lobito ou Sonangol, João Lourenço não precisaria de levar todos os membros do Governo e respectivos directores de gabinetes e secretárias.

O elevado número de pessoas que o Presidente João Lourenço incorpora nas delegações que leva ao estrangeiro não desmente, apenas, a narrativa dos cofres vazios. Mostra que ao Presidente angolano é prazeroso mostrar ao mundo que é um poderoso chefe, atrás de qual se acotovela uma numerosa manada.

Na verdade, dar tareia numérica aos chineses, no seu próprio terreno, é algo que só está ao alcance daqueles que lidam com o erário como se fosse sua propriedade privada.

Os custos da deslocação de tão numerosa caravana à China devem suplantar financiamentos, ali pedidos, para determinados empreendimentos.

Graça Campos 

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