CARTA ABERTA DOS TRABALHADORES DO BANCO SOL AOS ACIONISTAS SOBRE A ATUAL SITUAÇÃO DE ROUBO DESCARADO

 


Nos dias 05 e 06 de fevereiro, o sistema informático do Banco Sol sofreu uma "queda geral" que inicialmente foi atribuída a um ataque externo. Durante mais de três dias, todas as agências bancárias ficaram sem sistema, impossibilitando os clientes de realizar saques ou depósitos, além de afetar o funcionamento dos cartões multicaixa e caixas automáticos (ATMs). Nesse período, o Administrador Gil Benchimol desapareceu e ficou incomunicável por mais de dois dias, não atendendo sequer as chamadas do PCA Rosário Jacinto, do PCE Paixão Franco ou de outros administradores. Apenas Paulo Paim mantinha contato com ele.


No entanto, informações compiladas posteriormente revelaram a verdadeira realidade dos fatos. Descobriu-se que o Administrador Gil Benchimol, o Diretor da DTI Paulo Paim e o Chefe de Departamento Panzo estavam envolvidos em atividades fraudulentas e tentavam encobrir suas ações. Eles simularam problemas nos datacenters para esconder as falcatruas que vinham ocorrendo há muito tempo. Apagaram registros de operações realizadas por eles e também os backups das transações, a fim de eliminar quaisquer evidências de seus roubos. Em nenhum momento o Banco ou seu PCE Paixão Franco se manifestaram publicamente para pedir desculpas aos clientes e funcionários. 



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Como suporte a essas afirmações, observa-se que o Administrador Gil Benchimol só aparece no Banco em dois momentos distintos: entra às 11 horas da manhã e sai às 14 horas, retornando às 16 horas e saindo depois da meia-noite, exatamente quando o Banco está fechado. Nesse período, ocorrem frequentemente fraudes com cartões multicaixa, onde clientes conseguem realizar saques ou transferências milionárias mesmo sem fundos suficientes em suas contas. Esse problema surgiu após a contratação desnecessária da empresa ASSECO por Paulo Paim e Gil Benchimol para realizar o fechamento do sistema, trabalho que antes era feito pelos técnicos da DTI. Inclusive, foram esses técnicos que treinaram os profissionais da ASSECO para executar essa tarefa. Esse contrato apenas traz custos e prejuízos para o Banco Sol, estimados em mais de 180 milhões de kwanzas por mês, de acordo com dados disponíveis.


Como mais uma forma de desviar dinheiro do Banco, foi inventado um suposto ataque de hackers para justificar a perda de dados importantes, incluindo documentos da Direção de Auditoria e outras áreas que estavam investigando as frequentes fraudes com valores astronômicos. Contrataram "supostos" serviços de hackers, incluindo um indivíduo chamado Nuno, um expatriado que trabalha a partir de Portugal e cuida da "infraestrutura", com o objetivo de "restaurar" o sistema funcional, que até hoje não está totalmente operacional. Essa medida custará uma fortuna ao Banco (milhões de euros) e, em última instância, Gil Benchimol e Paulo Paim serão os verdadeiros beneficiados. 


Além disso, há indícios de que ambos estão planejando deixar Angola. Paulo Paim já solicitou um ano sem salário, e Gil Benchimol tem sua família morando em Portugal há vários anos.


CLIMA DE TENSÃO CONSTANTE, FRUSTRAÇÃO E DESÂNIMO DOS FUNCIONÁRIOS


A Direção de Microcrédito, sob a gestão da Administradora Carla an Dunem, foi demitida em massa, o que foi resultado direto do trabalho inadequado de Carla. Em sua ânsia de ser eleita membro do Comitê Central pela OMA, ela firmou um protocolo para a concessão de mais de 1,5 trilhão de kwanzas, sem as devidas garantias e segurança contratuais para a devolução desses recursos pelos beneficiários do crédito. Pessoas que nem sequer possuíam contas no Banco foram autorizadas a receber empréstimos. Esse procedimento permitiu que a Administradora Carla se apropriasse de uma parte significativa do dinheiro,como se os fundos tivessem sido concedidos a título de doação. Ela simulou a concessão de créditos a pessoas próximas a ela, que nem mesmo eram beneficiárias diretas da OMA. Com isso, tanto a OMA quanto os credores têm motivos e fundamentos legais para não reembolsar o Banco Sol.


Além disso, vários diretores do Banco Sol optaram por pedir demissão devido ao tratamento inadequado que receberam. Entre eles, destacam-se a ex-Administradora Ana Carreira, a Diretora Glicínia Lelis (Compliance), que se transferiram para o BAI, a Diretora Luísa da Paixão da Direção Jurídica, Teresa Pitra da Direção de Grandes Empresas e Esmeraldo Cerca da Direção de Recuperação de Crédito. Há outros diretores que também estão considerando seguir o mesmo caminho, pois não se identificam com os objetivos e metas estabelecidos pela Comissão Executiva, que muitas vezes são irreais. Muitos colaboradores já estão solicitando a intervenção do SNEBA - Sindicato dos Bancários de Angola.


Pedimos ao Banco Nacional de Angola (BNA), à Procuradoria-Geral da República (PGR), ao Serviço de Investigação Criminal (SIC) ou à Inspecção-Geral da Administração do Estado (IGAE) que investiguem o que realmente está ocorrendo na DTI e até que ponto os dados foram intencionalmente apagados no suposto "ataque" aos sistemas do Banco.


A situação atual é extremamente preocupante e exige uma ação imediata para garantir a transparência, a integridade e a segurança dos clientes e funcionários do Banco Sol. A confiança na instituição está abalada, e é necessário restaurar a credibilidade por meio de uma investigação profunda e da adoção de medidas corretivas. Os trabalhadores do Banco Sol contam com o apoio dos acionistas para superar essa crise e garantir um futuro mais estável e ético para a instituição.

Alexandre Manuel Luis

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