Há pouco mais de duas semanas, o ministro das Telecomunicações deu a conhecer ao país que 11 milhões de angolanos eram usuários dos serviços de internet, uma cifra que, pelos vistos, estará muito longe de corresponder à realidade.
Mário de Oliveira não disse quantos consumidores pagavam a internet do seu bolso, assim como os que estariam a beneficiar do serviço gratuito.
Na semana passada, no âmbito do Conselho Consultivo do sector que teve lugar no Huambo, um funcionário sénior ligado ao mesmo Ministério «corrigiu» o ministro Mário de Oliveira, dizendo que o número de consumidores chegava aos 20 milhões.
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Nas contas do referido quadro do MINTTICS, os 11 milhões avançados pelo ministro de tutela diziam apenas respeito aos subscritores, e cada um destes deveria ter uma média de cinco pessoas a consumir o mesmo serviço, o que perfazia os 20 milhões.
Os que acreditaram cegamente nestes números avançados podem ter ficado com a ideia de que Angola deu grandes avanços em matéria de telecomunicações quando, no terreno, a realidade aponta em sentido contrário.
Para que se tenha acesso à internet é necessário um telefone inteligente e disponibilidade financeira para pagar os seus serviços que, convenhamos, não são acessíveis aos bolsos dos cidadãos.
Resta-lhes os pontos de acesso gratuitos à internet, que foram criados há uns anos, mas estes têm vindo a revelar-se um autêntico fiasco.
Um trabalho de reportagem, publicado na edição desta semana do NJ, aponta que, em Luanda, apenas dois pontos de acesso à internet funcionam, sem grandes constrangimentos. Trata-se dos pontos do largo da igreja de S. Domingos e do Marco Histórico do Cazenga.
Segundo a publicação, nos conhecidos pontos de banda larga, que estão próximas às instituições académicas, a «internet está quase sempre inactiva», o que tem criado embaraços aos estudantes que pretendam investigar as suas matérias de estudo.
De acordo com o NJ, o triste cenário será extensivo às demais províncias do país, onde têm sido registadas quebras do sinal, falta de energia eléctrica, assim como acções de vandalismo.
O jornal diz que tentou ouvir a versão do Ministério de tutela, mas sem sucesso.
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