UNITEL e o BFA fazem parte de um conjunto de 26 ativos que Angola pretende alienar ao longo de 2024



O Governo angolano planeia realizar um IPO (oferta pública inicial) da operadora de telecomunicações Unitel no decurso deste ano. A possibilidade foi avançada pelo secretário de Estado das Finanças e do Tesouro, Ottoniel dos Santos, numa entrevista à Rádio Nacional de Angola (RNA) citada pela Bloomberg.


 O governante justificou esta opção pelo facto de se perspetivar em 2024 um aumento da procura de ativos emergentes de maior risco devido às expectativas de cortes nas taxas de juro dos EUA.
 Os lucros da Unitel tem vindo a cair mas, ainda assim, a operadora é uma das empresas mais atrativas que o Estado tem para venda. Em 2022, últimos dados disponíveis, de acordo com o site O Telegrama, a operadora lucrou 42 milhões de dólares, contra os 113 milhões de dólares registados em 2021.  


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A Unitel tem uma quota de mercado de 72% o que corresponde a cerca de 16 milhões de clientes. Os seus concorrentes são a Africell e a Movicel.


A Unitel foi criada em 1998 por Isabel dos Santos, tendo garantido a licença de operador de telecomunicações móveis em 2020. Nesse ano, a Portugal Telecom (PT) entrou no capital da empresa, passando a deter uma quota de 25%. 

Esta posição passou para brasileira Oi em 2013 e esta vendeu à Sonangol em 2020, arrecadando mil milhões de dólares. Ottoniel dos Santos reafirmou a intenção de colocar em bolsa uma participação do Banco de Fomento de Angola (BFA). Refira que o BPI detém 48,1% desta instituição, sendo que suspendeu o ano passado o processo de venda desta participação por força da desvalorização do kwanza, a moeda angolana. 

O BPI chegou a ter duas propostas de compra da sua posição formalizada pelos grupos Germcorp e Carrinho, tal como o Negócios noticiou.
 Esta semana, o próprio presidente do Caixabankr, dono do BPI, reafirmou o seu interesse em abandonar a operação em Angola. "De um ponto de vista estratégico, não temos interesse em manter uma participação como a que temos agora em Angola", disse o CEO Gonzalo Gortazar citado pela agência Reuters. O acionista maioritário do BFA é precisamente a Unitel, a qual possui 51,9% do capital.


"O nosso objetivo é encontrar um mecanismo para acelerar o processo de privatização das participações indiretas do Estado nestas entidades através do mercado de ações", disse Ottoniel dos Santos, em declarações à RNA.
 O IGAPE, organismo angolano de gestão de ativos de Estado, detêm 50% das ações da Unitel (que anteriormente pertenciam a Isabel dos Santos e ao general Dino), estando a outra metade na posse da Unitel.

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