A empresária angolana dá uma entrevista ao Expresso onde aprofunda temas como "o mistério" da morte do marido, os processos legais de que é alvo em Portugal e o colonialismo em Angola.
Isabel dos Santos conversou com o jornal Expresso e abordou o "regime racista brutal e muito injusto" instaurado pelos portugueses em Angola e a honestidade e a simplicidade do pai, José Eduardo dos Santos. Na entrevista, que vai ser publicada na revista do Expresso desta semana, a empresária angolana filha do ex-Presidente de Angola lembra a infância do pai na colónia portuguesa.
Os angolanos “não podiam andar na rua depois das 18:00 e eram relegados para os subúrbios”, partilha, comparando, inclusive, a situação vivida no país com o Apartheid (África do Sul). Sobre o pai, Isabel descreve-o como um “homem honesto”, que não ligava a luxos. Pelo contrário, era "motivado apenas pela ideologia e pelas lutas de libertação em África".
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"Não ligava a casas ou a luxos. Não acreditava nisso. Não era o estilo dele. Não tinha jatos e casarões. Andava de ténis, vestia polos e o mesmo fato de treino da Adidas três dias por semana. Até 2004 viveu numa casa pequena de três quartos. Foi praticamente levado à força para o palácio presidencial. E mesmo aí não gostava dos quartos oficiais e da suíte presidencial. Não se sentia confortável. Preferia os quartos mais pequenos no andar superior", conta.
Nota ainda que José Eduardo dos Santos teve um papel ativo na independência da Namíbia e na libertação de Nelson Mandela, na África do Sul. Contudo, destaca como principal feito: o fim da guerra de Angola, em 2002. Na entrevista que será publicada esta sexta-feira, a empresária aprofunda ainda temas como "o mistério" da morte do marido, os processos legais de que é alvo em Portugal e o colonialismo em Angola.
Expresso
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