Um jovem funcionário do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) na província de Benguela está a ser ouvido pela Investigação Criminal após ter sido preso, sem qualquer processo, a mando do procurador José Sikelungo, em funções no Moxico, suspeito de manter relação amorosa com a sua esposa.
O caso tem contornos da vida privada, mas vem à tona por estar em causa um exemplo inequívoco de abuso de poder, que tem como protagonista, curiosamente, aquele que está envolvido em adultério.
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Tudo aconteceu, recentemente, no Moxico, para onde se deslocou o agente de Migração, cuja identificação não mencionamos, movido por elementos que atestam a traição da esposa, a jovem médica Mota Lemos.
Bem informado, ele chegou até ao apartamento onde se encontravam o procurador e a sua esposa, bateu a porta por diversas vezes, mas ninguém o atendeu.
Mesmo assim, não arredou os pés da área, uma centralidade, convicto de que a sua esposa se encontrava num dos apartamentos.
O jardim da centralidade foi escolhido para algumas horas de espera, em companhia de um amigo, mas ambos foram vistos pelos infractores a partir do apartamento.
Assim foi que o procurador José Sikelungo solicitou presença de polícias, ordenando a prisão do jovem do SME, com alegação de que o indefeso se encontrava em posse de objectos para eventualmente desferir contra a própria esposa.
Este caso, na visão de fontes próximas ao desenrolar dos acontecimentos, exige uma pronta intervenção do PGR, Hélder Pitta Grós, que tem defendido uma postura exemplar dos magistrados do Ministério Público.
Imagens em posse do Club-k mostram a jovem em momentos íntimos alegadamente com o magistrado ou com um médico que o seu parceiro presume ser outro carrasco.
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