Fui "corrompido" com o cargo administrador na Sonangol - Marcolino Moco



O Jurista e professor universitário angolano, Marcolino José Carlos Moco, disse em entrevista à Rádio "Essencial" , em Luanda, que foi "corrompido" com o cargo de Administrador não Executivo da petrolífera nacional Sonangol.

"Fui corrompido. Foi uma tentativa de currupção", disse o antigo Secretário Geral do MPLA, actual partido no poder, que no entanto acrescentou que pelo facto de continuar a fazer criticas ao actual sistema, lhe custou o cargo que lhe foi oferecido esforçadamente.

" Esse cargo foi - me retirado porque pensavam que fosse isso que eu precisava", disse o antigo dirigente do MPLA. "O raciocínio deles foi... Ele fala muito porque não tem cargo", supôs o ex- Primeiro Ministro de José Eduardo dos Santos de 1992 a 1996 à Rádio "Essencial".  "Vocês não sabem dos convites. Mesmo quando deixei de ser o secretário executivo da CPLP, fui convidado para ser embaixador, governador e, eu não quiz", lembrou, acrescentando que não poderia ser um porta - voz de um sistema que na qual ele não concordava.  



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Segundo este, não foi fácil ter aceitado, tudo porque mudaria a sua rotina de vida. "Eu ainda brinquei com o Presidente. Eu já não estou habituado a isso. Já não estou habituado ao puder. Gosto de estar avontade, dar as minhas aulas, não ter de por fato e gravata e, aí ele insistiu porque naquela altura era importante que eu aceitasse", explicou Marcolino Moco durante a entrevista consedida àquela estação radiofonioca angolana. 

De acordo com o político, na altura o discurso do Presidente João Lourenço agradava a sociedade, tudo porque era de combate a currupção, bem como das ordens superiores e a bajulação no País. 

Questionado de o porquê que colocava o seu discurso no condicional e se de facto esses males que infermam a sociedade angolana não estão de facto a ser combatidos,  Marcolino riu - se e, disse: "Eu acho muita graça, vocês os homens da comunicação fingirem que não estão a ver as coisas. Pois não. Não está a faze-lo. Hoje a bajulação está no seu maximo e o ordens superiores continuam a funcionar". 

No dizer de Marcolino Moco, fica admirado quanda se fala que a currupção acabou. "Amim, ninguem pode me dizer isso. Eu vivi esta tentativa pública de currupção", alertou. 

"O público não sabe, mas eu sofri muita pessão enquanto Administrador na Sonangol. Fui chamado até pelo Presidente que não foi directo. Deu as suas voltas até au fazer um pronunciamento sobre o "escandaloso" comunicado do Bureau Político racista contra o Adalberto e que me pareceu muito mal. Portanto, dois dias depois fui exonerado na televisão", discreveu o político, considerando que  sente-se abandalhado pelos seus antigos companheiro. 

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