Passam-se já seis meses desde que Gong Tao cessou as funções de embaixador chinês em Angola e sem que as autoridades do país asiático indiquem o seu substituto, alimentando suspeitas da existência de algum irritante nas relações entre os dois governos, facto que o primeiro-secretário da Embaixada da China em Luanda, Xiong Wei, descarta, garantido que a indicação está para breve.
“Vem a caminho, não há razões para preocupações”, respondeu o diplomata que, em Novembro, mostrou menos conhecimento sobre o que se estava a passar, quando questionado a propósito. “Deve estar-se no processo de selecção, estamos distantes e não sabemos o que está a acontecer na China”, explicou, na ocasião, sublinhando “não existirem problemas”.
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Diversos especialistas em Relações Internacionais afastaram a possibilidade de algum irritante entre os dois países. Emília Pinto, por exemplo, considerou que não havia “razões para preocupações, tendo em conta o tipo de relações entre os dois países”, enquanto José Imperial atribuiu o atraso a um eventual “arranjo processual diplomático”, a julgar pelo panorama mundial que se desenha. Por sua vez, Osvaldo Izata defendeu que não havia “nenhum mal” no atraso da indicação desde que houvesse uma “prévia comunicação” e entendia mesmo ser “quase impossível” o Estado angolano não estar informado sobre o suposto atraso.
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