A saga da Refinaria de Cabinda continua e vamos registá-la apenas a partir do momento em que foi entregue ao próprio consórcio.
Quando o projeto foi entregue por adjudicação direta ao grupo Gemcorp (90%) e Sonangol (10%), a 30 de outubro de 2019, depois de ter sido comunicada a rescisão com a United Shine do empresário russo-israelita Arcadi Gaydamak, foi apresentado como sendo um projecto de pouco mais de 300 milhões de USD e com um prazo de execução para a primeira fase de 18 meses, pelo que os primeiros dados para entrada em funcionamento da infraestrutura foram Abril de 2021.
Pouco tempo depois, o Ministério fez uma comunicação em que explicava que afinal o projecto custaria 470 milhões e que o prazo para entrada em funcionamento da primeira fase seria o final de 2021.
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Em Outubro de 2020 foi comunicado que o projecto seria de maior dimensão, o projecto já custaria 920 milhões de USD, a que se juntavam mais 30 milhões de USD para construção de dois gasodutos de gasolina e gasóleo para o terminal oceânico de Cabinda, e o prazo para a conclusão da primeira fase passou a ser o I trimestre de 2022.
Em entrevista ao Expansão, em Dezembro de 2020, o ministro Diamantino de Azevedo apontou o arranque da refinaria para uma nova data, o final do I semestre de 2022. Algum tempo depois, em Março de 2021, o Presidente João Lourenço mencionou o arranque da refinaria para o final de 2022.
No final de Novembro de 2022, na abertura da conferência Angola Oil & Gas, o presidente João Lourenço anunciou uma nova data, a 1ª fase da refinaria de Cabinda entraria em funcionamento no final de 2023.
No final de Fevereiro de 2023, a propósito da justificação de que a Sonangol teve que avançar com o pagamento à construtora norte-americana para os primeiros módulos para a refinaria, o PCA da Sonangol Gaspar Martins confirmou que a primeira fase da infraestrutura estaria pronta até ao final de 2023 para o início dos testes e o arranque do processamento de 30.000 barris/dia arrancaria no início de 2024.
Em Outubro deste ano, o ministro Diamantino de Azevedo especificou uma visita de jornalistas a Cabinda, onde confirmou que agora os dados para entrada em funcionamento da refinaria de Cabinda seriam Dezembro de 2024.
Este é então o novo compromisso, mais de cinco anos depois da entrega do projeto ao consórcio liderado pela Gemcorp, o que para uma refinaria modular de baixa capacidade, apenas 60 mil barris/dia, é claramente um exagero, tendo também em atenção que só estará a trabalhar na sua plenitude um ano depois, Dezembro de 2025.
As justificativas andam à volta do impacto da Covid-19, a guerra da Ucrânia e a falta de produção de aço em termos internacionais. Mas também a inexperiência nestes projetos e a falta de capacidade financeira da Gemcorp são fatores que entram nesta busca. Veremos então se não haverá mais nenhum adiamento.
Expansão
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