Porque 2023 foi mais um ano decepcionante? Porque cada vez mais se foca a consequência (irremediavelmente, é ela que mais dói, para as suas maiores vítimas, e, por isso, é ela que mais alimenta o eleitoralismo estéril) e não a causa.
Em 2022, para não ficar de braços cruzados, depois de esforços frustrados no que o hoje deputado Francisco Viana e companheiros chamamos de Congresso da Nação, votei em quem prometia alterar esta estratégia política desastrosa, embora largamente vantajosa para quem detém o poder que se pensa dever ser detido eternamente, a qualquer custo. Esta estratégia consiste, fundamentalmente, em concentrar os essenciais poderes nas mãos de uma pessoa. Fica-se com maior capacidade operativa, a favor dos que se encontram, enquanto vivos e lá, no centro do Universo, e dos que, durante um tempo mais relativo, se irão comprazer com a queda de migalhas da faustosa e ilusória mesa. O homem de todos os poderes é coberto pela sigla de um dos maiores partidos africanos, cuja maioria de militantes é industrializada, todos os dias, na ideia de que deter o poder é tudo na vida, não importa se o que se faz dele melhora ou não o funcionamento do país e garante um futuro melhor para todos, até dos próprios. Esquecer como acabou a vanglória do eduardismo é a palavra de ordem!
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Para que 2024 seja um ano da obrigatória esperança, como tem de ser (porque, passe o lugar-comum, ela tem que ser a última a morrer), mesmo que a obra não seja terminada este ano, é este o nó górdio que deve ser desatado. Não se espere da parte de um homem (“humano”), um bom comportamento na gestão de um país, quando todo um sistema o protege de qualquer situação irregular: pelo sistema eleitoral, pelos meios de comunicação pública e não só, pelo “assassinato” do sistema de justiça e pela pessoal-partidarização dos serviços secretos. Quem me acompanha sabe que este é o meu cavalo de batalha desde 2009, antes da aprovação da actual constituição que escora toda uma série de práticas irregulares actuais e anteriores.
Este apelo é mais uma vez dirigido a todos. “Situação”, oposição e sociedade civil, com a Igreja (igrejas cristãs sérias). E, mesmo que não se espere muito dele, pelo que nos tem habituado, a começar pelo próprio super-empoderado e protegido, Sua Excelência o Senhor Presidente da República.
Não se diga que isso é um problema africano, porque podemos ser um exemplo, entre alguns.
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