A Governadora do Huambo voltou a provocar a ira dos fazedores de cultura a nível local. Em causa está a alegada entrega de bandeja do Centro Cultural da província do Huambo.
De acordo com fontes oficiais, está previsto para Janeiro próximo a inauguração do antigo "Palácio de Vidro", depois de mais de 10 anos paralisado, supostamente, por razões de liquidez financeira para conclusão da obra.
A infraestrutura apresenta um padrão arquitectónico diferenciado, que vai conferir uma nova roupagem a cidade Planaltica. O tão aguardado Centro Cultural dispõe de três cine-teatros, espaço para apresentação de trabalhos de arte, literatura e música, salas de conferência e para aulas de dança, dentre outras valências.
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A obra que que será baptizada com o nome do nacionalista angolano Manuel Rui Alves Monteiro, conhecido no mundo literário por Manuel Rui, em resposta a petição de académicos da província dirigida ao Presidente da República que considerou uma proposta irrecusável. Importa referir que, Manuel Rui é autor do Hino Nacional de Angola e de várias canções, bem como ensaísta, cronista, dramaturgo e poeta.
Entretanto, para não variar, as valências do imóvel atraíram os apetites dos "suspeitos de costume", que a todo custo fazem de tudo para abocanhar tudo, graça ao compadrio de quem tem o poder de tomada de decisão.
Lotty Nolika está a ser acusada de atribuir a gestão do Centro Cultural, sem concurso público, à um primo direito do PR João Lourenço. Trata-se de Carlos Graça, funcionário reformado da Sonangol, que foi repescado, em 2020, para ocupar o cargo de Assessor da Governadora do Huambo.
"Temos informações fidedignas que tudo foi acautelado, e preparado ao pormenor, para que o Primo do Presidente da República foi favorecido para gerir o Centro Cultural", assegurou uma das fontes que prefere não ser identificada.
Luís Castro
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