O ingresso de vários membros dirigentes da ANATA, a Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola, na Polícia Nacional, tem gerado descontentamento entre os associados da associação. A decisão foi tomada pelo Governo angolano, que ofereceu a 37 taxistas a oportunidade de ingressar na Polícia Nacional, com o objetivo de melhorar as condições de vida e de trabalho dos taxistas.
No entanto, muitos associados da ANATA consideram que a decisão do Governo é uma tentativa de controlar a associação e de enfraquecer a sua capacidade de luta pelos direitos dos taxistas.
De acordo com fontes internas, alguns membros da ANATA foram designados como agentes da Polícia Nacional, concluindo uma formação na Damba, em Malange, destinada a mais de mil novos agentes. Esta mudança afetou significativamente a dinâmica interna da ANATA, levantando preocupações sobre a sua capacidade de representar eficazmente os interesses dos taxistas em Angola.
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O presidente da ANATA, Francisco Paciente, e o secretário Alexandre Barros, estão entre os novos agentes da Polícia Nacional oriundos da associação. Contudo, Alexandre Barros não teria frequentado o curso de recruta, de acordo com informações apuradas.
A decisão de alguns membros da ANATA de se juntarem à Polícia Nacional tem gerado controvérsias, especialmente entre aqueles que consideram a corporação uma entidade opressora. A mudança levanta questões sobre se os ex-membros da associação, agora subordinados aos princípios militares, conseguirão representar adequadamente os interesses da classe de taxistas.
A situação torna-se ainda mais complexa, pois a ANATA é uma das organizações mais influentes na defesa dos direitos dos taxistas em Angola. O desmembramento e a possível dissolução da ANATA poderiam ter um impacto significativo no setor de transporte público no país, dada a sua capacidade de mobilizar a sociedade.
Enquanto alguns membros descontentes planejam manifestações para demonstrar a independência da classe, a eficácia dessas ações permanece incerta. A concessão de cargos na Polícia Nacional a membros da ANATA foi vista por alguns como um gesto de resignação e uma aceitação da fraqueza, o que, por sua vez, pode conceder uma vitória ao adversário.
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