Funcionário das Finanças na província do Moxico dá duas casas ao Estado para tentar escapar de julgamento por peculato

 


Um alto funcionário da Delegação das Finanças do Moxico, Jacob Cawina, indiciado no crime de peculato, entregou duas residências ao Estado para tentar evitar que seja levado a julgamento por desvio de mais de 100 milhões de kwanzas.

A soma monetária acima mencionada se destinava ao pagamento de Impostos de Rendimento de Trabalho (IRT) e o arguido, aproveitando-se, segundo a PGR, das suas funções de membro da comissão de gestão do Fundo Social de Trabalho (IRT), desviou-a para proveito próprio.


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O juiz presidente do Tribunal Provincial do Moxico, Rivaltino Van-Dúnem, disse que o julgamento está suspenso, “sine die”, até o resultado de um requerimento solicitado pelo advogado de Jacob Cawina, com vista a avaliação do valor dos imóveis entregues pelo arguido para ressarcir os danos causados ao Estado.

O magistrado judicial prestou essa informação sobre o processo que ficou conhecido por “Caso Jabar”, à Angop, à margem da celebração do Dia Internacional de Luta Contra a Corrupção, assinalado a 9 de Dezembro.

Trata-se de duas residências localizadas no bairro Mandembwe, nas imediações do aeroporto “Comandante Dangereux”, na cidade do Luena, com uma dimensão de 40/50 metros quadrados, outra no bairro Vila Luso (30/30m2).

O juiz referiu que o desfecho do processo está dependente da avaliação do valor dos imóveis em curso na Direcção Nacional do Património do Estado. “A avaliação visa aferir se os bens entregues servem para cobrir os prejuízos causados ao Estado”, explicou. Num outro caso, o Tribunal Provincial do Moxico extinguiu o procedimento criminal do processo que envolvia funcionários públicos, acusados de desvio de 20 milhões de kwanzas do Estado, no denominado caso “Vala de Sacassagem”.

A extinção do processo resultara da requisição feita ao Tribunal pelo advogado do processo, por não haver necessidade do andamento do processo, depois os acusados terem confessado os crimes e feita a restituição integral dos valores desviados.


OPAÍS


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