A recente ação de Norberto Garcia e do General José Tavares, que consiste em conceder créditos bancários a ativistas em troca de sua colaboração, tem gerado críticas e questionamentos sobre a ética e a integridade dos líderes políticos envolvidos.
Em fevereiro, Norberto Garcia, conhecido por sua atuação corrupta e por liderar o gabinete de Ação Psicológica do regime, ofereceu 2500 bolsas técnicas aos jovens do Movimento Revolucionário em Luanda. Essas bolsas visavam proporcionar formação técnica nas áreas de agricultura, pesca e serralharia. Hoje, os beneficiários dessas bolsas, juntamente com camponeses e pescadores do município de Cacuaco, na comuna da Funda Kilunda, receberam créditos bancários do Banco Sol.
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Embora a iniciativa pareça apoiar os jovens ativistas que enfrentam dificuldades financeiras para pagar sua formação devido à falta de emprego, informações obtidas pelo Lil Pasta News revelam uma intenção questionável. Norberto Garcia e o General José Tavares buscam acalmar os espíritos revolucionários que surgiram em 2011, mas há indícios de que isso possa estar ligado a uma estratégia política.
As figuras do regime, José Tavares Ferreira e Norberto Garcia, têm sido apontadas como responsáveis por mobilizar apoio na sociedade para iniciar debates sobre um possível terceiro mandato presidencial de João Lourenço. Com a perda de dois terços da Assembleia Nacional, o partido MPLA precisa do apoio de pelo menos 17 deputados da oposição para aprovar uma revisão constitucional. Segundo informações apuradas, uma reunião conduzida pelo General Tavares esta semana teria estudado diferentes cenários, incluindo a mobilização de apoio da sociedade civil, especialmente jovens ativistas com inclinação à UNITA, e a identificação de parlamentares da UNITA vulneráveis a subornos.
Essa estratégia levanta sérias preocupações sobre a compra de consciência e a instrumentalização dos ativistas em benefício político. A sociedade civil e os observadores atentos devem questionar a ética por trás dessas ações e a verdadeira motivação dos líderes envolvidos. A democracia e a transparência exigem uma postura responsável e uma abordagem ética por parte dos políticos, garantindo que a vontade do povo seja respeitada e que os interesses pessoais não se sobreponham ao bem comum.
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