O Tribunal de Londres determinou o congelamento dos bens de Isabel dos Santos. A ação foi movida pela operadora angolana Unitel, que a processa por empréstimos não reembolsados.
A bilionária angolana Isabel dos Santos perdeu, nesta quarta-feira (20.12), a batalha judicial contra o pedido do Supremo Tribunal de Londres para congelar até 580 milhões de libras (735 milhões de dólares) de seus bens.
Dos Santos, a primeira mulher bilionária de África, filha do ex-presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, enfrenta há anos acusações de corrupção no país. Ela nega as acusações, alegando ser alvo de uma vingança política.
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A Unitel, operadora de telecomunicações angolana, processa Dos Santos por empréstimos não reembolsados feitos à empresa holandesa Unitel International Holdings (UIH) em 2012 e 2013, quando ela era diretora da Unitel. Esses empréstimos, destinados à aquisição de ações em empresas de telecomunicações pela UIH, totalizam cerca de 300 milhões de libras.
Dos Santos tem até o próximo mês para fornecer à Unitel uma revelação de seus bens, incluindo propriedades em Londres, Mónaco e Dubai.
Dos Santos argumenta que a Unitel é responsável pela incapacidade da UIH de reembolsar os empréstimos, devido ao seu suposto papel na apreensão ilegal dos ativos da UIH por Angola. Ela alega ser vítima de uma “campanha de opressão” e afirma que seus bens já foram congelados ou apreendidos em outros países, como Angola e Portugal, tornando desnecessária uma nova ordem de congelamento.
Apesar das alegações de Dos Santos, o juiz Robert Bright, em decisão escrita, não aceitou que “outras ordens de congelamento significam que não é justo e conveniente que este tribunal conceda uma nova ordem”. O caso destaca as complexidades e disputas em torno dos ativos de Dos Santos, envolvendo alegações de fraude, corrupção e uma batalha judicial em curso.
DW
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