Trabalhadores da DStv Angola insatisfeitos com a gestão de Marcus Valdez



Manto do director da DSTV só cai nos casos em que para se assumir um determinado cargo na Multichoice Angola o recrutamento interno ou externo não é orientado por si, mas, sim, pela direcção regional.


Seis meses depois de Marcus Valdez assumir o cargo de director-geral da Multichoice Angola, primeiro angolano na história, paira uma onda de insatisfação da parte de um grupo de trabalhadores da multinacional sul-africana com sede em Talatona.


Os funcionários da empresa detentora do serviço de televisão por satélite DStv acusam o responsável de, entre outras situações, fazer uma gestão da Multichoice Angola fora dos padrões adoptados pela empresa ao longo de anos, ao ponto de promover para cargos intermédios trabalhadores com perfis desajustados.



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"Temos conhecimento que ele quer fazer movimentações intermédias e pretende colocar em locais chaves pessoas da sua conveniência. Essas movimentações podem acontecer a qualquer momento. Acreditamos que brevemente o director vai enviar à direcção dos recursos humanos um e-mail sobre movimentações de quadros", denunciou uma fonte deste jornal.


Um outro quadro da empresa, com mais de 1º anos de casa, manifestou que receia que as movimentações por conveniência coloquem em causa a credibilidade que a empresa conseguiu conquistar em 25 anos de mercado. Por isso, reivindica, "não é sensato que o critério de promoção seja o amiguismo".


Marcus Valdez, que em Maio substituiu Glauco Ferreira da função de director-geral da Multichoice Angola, está também a ser acusado pelos trabalhadores de estar mais preocupado em conceder entrevistas em diversos órgãos de comunicação do que fazer uma gestão conveniente da empresa. "O actual director só quer saber de promover a sua imagem. Até aí não vejo qualquer problema, mas tem sido repetitivo nas entrevistas, muito do que diz já é do domínio público", considerou um técnico da direcção de operações.


"Por sermos um grupo e dependermos da região, o actual director acaba por não ter muitos poderes, por isso ele tem limitações em algumas situações, senão já teria abusado ainda mais. Actualmente, o ambiente de trabalho não anda bom, cresceu o número de despedimento, quer na sede, quer nas lojas", contou um outro efectivo.


O manto de Marcus Valdez cai para aqueles casos em que para se assumir um determinado cargo na Multichoice Angola o recrutamento interno ou externo não é orientado por si, mas, sim, pela direcção regional.


Pois, para o actual diretor-geral da Multichoice Angola quem devia assumir definitivamente o cargo que exercia de director de operações da DStv Angola é o seu amigo Rui Morais, mas o regulamento da empresa não permite.


Os trabalhadores contam ao detalhe que, quando Marcus Valdez foi promovido ao cargo de director- geral da DStv Angola, deixou o seu amigo Rui Morais como director interino das operações, apesar de o homem não entender nada sobre o assunto, embora já fizesse parte da direcção das operações. Situação que deixou muita gente descontente, principalmente aqueles que melhor dominam o sector.


Para a posição em causa, tanto os internos como os externos devem apresentar candidatura junto àempresa mãe, o que agrada os técnicos da DStv, porque, partindo deste princípio, não se corre o risco de se ter um responsável máximo que não domina o sector.


Este facto conforta os trabalhadores denunciantes, que consideram que, nesta perspectiva, Marcus Valdez perde pujança, porque, "se dependesse de si, Rui Morais já teria sido nomeado director das operações da DStv Angola ainda em Maio, quando Marcus assumiu a gestão da operadora sul-africana de distribuição de sinais por satélite. É uma vaga que continua aberta até agora devido à intervenção da região", explicou um dos denunciantes.


Apesar dos esforços, não nos foi possível ouvir a versão dos factos do director-geral da Multichoice Angola.

Luanda Post 

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