Em 1958, quando faltavam apenas 12 dias para as eleições presidenciais em Portugal, uma jornalista perguntou ao candidato apoiado pela oposição, General Humberto Delgado, o que ele faria com o então Presidente do Conselho de Ministros, Oliveira Salazar. Delgado respondeu: "Obviamente, demiti-o." A declaração foi recebida com entusiasmo pelos portugueses que estavam cansados do regime de Salazar. Do lado do regime, as declarações foram vistas como uma ameaça à ordem pública. Há mais de 60 anos que a expressão "Obviamente, demiti-o" tem sido referenciada como um acto de coragem e determinação diante de uma situação difícil. "Obviamente, demiti-o" também tem sido titulo de livros sobre o candidato que ficou também conhecido por "O general sem medo"
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Nesta terça-feira, 7, o Primeiro-Ministro António Costa, ao falar com a imprensa sobre o seu pedido de demissão, usou por duas vezes o termo "Obviamente". Contudo, foi na segunda e última vez que Costa deixou claro: "Obviamente, apresentei a minha demissão ao Presidente da República", manifestando o seu acto de coragem para dignificar a função de Primeiro-Ministro, apesar do contexto diferente. Um "obviamente" num contexto ditatorial e o outro num Portugal democrático.
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