O Presidente da República disse esta sexta-feira, na inauguração do Aeroporto Internacional António Agostinho Neto (AIAAN), que está focado na criação de condições para uma gestão eficiente desta infra-estrutura e deu disso exemplo a abertura de um concurso público internacional para a escolha de um operador privado que garanta essa eficácia e eficiência.
João Lourenço notou que são conhecidas as razões pelas quais o Executivo optou por não colocar nas mãos do Estado a gestão do novo aeroporto, deixando em evidência a urgência estratégica de garantir que não é mais uma obra que vai absorver verbas do Estado mas sim um projecto do qual o Estado colherá benefícios.
“Pelas razões conhecidas, entendemos que esta grande infra-estrutura não deve ser gerida pelo Estado. Como foi anunciado no decorrer desta cerimónia, foi nomeado um operador transitório, porque já está anunciada a abertura de um concurso público internacional para a definição de um operador que assumirá, dentro de alguns meses, a gestão definitiva do AIAAN”.
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O Chefe de Estado acrescentou que “a partir daí, as despejas do Estado vão reduzir-se, e depois vai mesmo receber parte das receitas, com uma gestão privada competente, que fará do AIAAN uma fonte geradora de receitas”.
“O novo aeroporto não foi construído para acrescentar gastos, sim para ser gerador de receitas”, apontou João Lourenço.
E disse ainda que o AIAAN vai, no futuro, havendo já um projecto para essa extensão, crescer com mais uma pista e um novo terminal que elevará a actual capacidade de 15 milhões de passageiros por ano para 65 milhões.
“Os desafios são grandes e já existe um projecto para ampliar o aeroporto que hoje inauguramos, de 15 milhões de passageiro ano, para 65 milhões”, garantiu João Lourenço.
Em curtas declarações, respondendo apenas a duas questões colocadas por jornalistas da TV Zimbo e da TPA, e sem que tenha feito qualquer discurso no contexto da cerimónia que hoje teve lugar, o Presidente da República lembrou que o país atravessa um tempo de “alguns ganhos” no sector dos transportes, dando, além do AIAAN, o exemplo do corredor do Lobito, que acaba de ser atribuído a um consórcio europeu.
E sublinhou a construção de mais dois aeroportos em Benguela e Zaire, ficando estas duas províncias com dois aeroportos, e apontou como muito possível a construção de outras duas infra-estruturas deste tipo para servir a região turística do Okavango-Zambeze, nas províncias do Moxico e do Kuando Kubango.
“Estes novos aeroportos serão de extrema importância, tendo em vista o turismo na região Okavango -Zambeze”, disse João Lourenço, que destacou como grande desafio, à conclusão nos próximos tempos do porto de águas profundas do Caio em Cabinda.
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