A Nova Cimangola produz todos os meses cerca de 130 mil toneladas de cimento, e, desse total, 90 mil tooneladas são vendidas no mercado interno e 40 mil são exportadas. A cimenteira, que tem mais de 60 anos de produção em Angola, diz não ter cimento em stock na fábrica porque vende todo o que produz.
Estes dados foram avançados esta quinta-feira, 30, ao Novo Jornal, pela Nova Cimangola, que assegura que o preço do cimento em Angola é o mais baixo dos países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Questionada porque é que agora o cimento está a ser vendido mais caro, relativamente aos meses anteriores, como noticiou no mês de Outubro último o Novo Jornal, a Cimangola sustenta que o ajustamento do preço junto do consumidor final reflecte as dinâmicas do mercado.
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"Não temos stock! O que produzimos, vendemos. O preço da produção do cimento é actualmente de 80 USD/Ton. O ajustamento do preço junto do consumidor final reflecte as dinâmicas do mercado na relação entre a oferta e a procura e a evolução da inflação no País. Convém, contudo, frisar, que o preço de venda do cimento em Angola é o mais baixo dos países da SADC", respondeu esta indústria, quando questionada pelo Novo Jornal.
Segundo a Nova Cimangola, a produção, para além de vendida no mercado interno, também é exportada para países como o Gana, Camarões, Togo, Gabão, Benin, Costa do Marfim e Brasil.
A unidade industrial diz que se prepara, agora, para produzir cimento verde e para a substituição térmica de combustíveis derivados de resíduos.
"Cimento verde é um dos projectos em curso, e no qual a inovação vai ao encontro dos desígnios do Governo, chama-se LC3 e visa produzir cimento amigo do ambiente ou cimento verde, que incorpora uma maior quantidade de argila calcinada, obriga a um menor consumo de energia e de água, e contribui para a mais longa conservação das pedreiras nacionais", diz a cimenteira.
Importa referir que o preço do saco de 50 quilogramas de cimento subiu consideravelmente nas últimas semanas no mercado informal, passando, pela primeira vez, desde o início da crise económica em Angola, de 3.400 kwanzas para 5.500, constatou o Novo Jornal após uma ronda pelos mercados informais.
Os revendedores dizem que houve um aumento de preço deste produto nas cimenteiras, daí a justificação da subida galopante do saco nos mercados.
Alguns revendedores contaram que o negócio já não está a ser rentável, atendendo aos custos que têm com os transportes e os arrendamentos dos armazéns para a conservação do produto.
O saco de cimento de 50 quilogramas mais caro no mercado paralelo é o da Nova Cimangola, que custa 5.500 kz. Segundo revendedores e clientes, este preço era até aos meses de Junho/Julho impensável, visto que o preço variava entre os 3.300 aos 3.800 kwanzas.
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