Membros da Igreja Evangélica Congregacional em Angola (IECA) estão ameaçando denunciar seu Secretário Geral, pastor André Cangovi, às autoridades do país por alegações de alienação da instituição. A controvérsia surgiu devido a um acordo supostamente assinado sem o consentimento prévio da maioria da igreja com a United Congregational Church of Southern Africa (UCCSA). Esse acordo é visto por muitos como uma ameaça à autonomia e à identidade histórica da IECA, que está presente em Angola há quase 150 anos. Segundo o acordo, a IECA aderiria à UCCSA sem direito de discutir qualquer princípio estatutário.
A liderança da IECA tem enfrentado forte resistência interna desde que o compromisso foi firmado sem o consentimento geral da igreja. Em resposta, o líder da igreja formou uma equipe liderada pelo pastor Luciano Chianeque, que está percorrendo as províncias angolanas para pressionar as lideranças locais a apoiarem o acordo. Relatos indicam que bolsas de estudo e outras compensações estão sendo prometidas àqueles que apoiam o projeto de adesão à UCCSA.
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De acordo com fontes do Lil Pasta News, a UCCSA possui cerca de 300 mil membros, enquanto a IECA conta com mais de um milhão e quinhentos mil membros. Essa discrepância no número de fiéis aumenta ainda mais a tensão na situação.
Além disso, há uma mobilização em andamento que ameaça dividir a igreja caso um grupo decida seguir o Secretário Geral na adesão à UCCSA. Nesse contexto, é importante mencionar que estão previstas eleições para o início do próximo ano, e o pastor Luciano Chianeque, responsável pela comissão de mobilização, é candidato ao cargo de Secretário Geral da IECA e conta com o apoio do atual Secretário Geral. Surgiram acusações de fraude, alegando que o pastor está utilizando recursos da igreja para promover sua campanha.
A IECA, conhecida por seus valores conservadores, está enfrentando uma encruzilhada significativa, com receios de que a essência da igreja possa ser perdida devido à ambição de alguns líderes. Há suspeitas de que o líder atual esteja buscando posicionar um sucessor para encobrir alegados problemas financeiros na igreja, resultantes de aproximadamente 10 anos de má gestão.
A situação é particularmente tensa na capital e no sul de Angola, onde a IECA tem a maioria de seus membros, que são firmemente contrários à adesão à UCCSA. Os próximos meses, especialmente dezembro, janeiro e fevereiro, prometem ser um período de grande agitação dentro da IECA, à medida que a campanha entre os grupos a favor e contra a integração na UCCSA se intensifica.
Caso o grupo liderado pelo atual Secretário Geral vença, o estatuto, os símbolos e toda a cultura da IECA deixarão de existir. Uma nova igreja será iniciada com base nos estatutos e princípios da UCCSA, que é vista como uma igreja progressista em relação à sua posição sobre a homossexualidade.
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