Um incidente chocante ocorrido na última quinta-feira, dia 16 de novembro de 2023, tem gerado revolta e indignação entre a população angolana. Domingos Francisco Toras, de 35 anos, foi assassinado em sua residência, no bairro Pantanal, no Município de Viana, por um agente do Serviço de Investigação Criminal (SIC) da Polícia Nacional de Angola.
De acordo com relatos, os policiais invadiram a casa do falecido, pulando o muro e batendo na porta de seu quarto. Ao perguntar quem eram, Toras foi informado de que eram agentes da Polícia Nacional. Ao abrir a porta, foi levado pelos policiais sem tempo para se despedir de sua esposa, que estava prestando queixa em uma delegacia próxima.
A tragédia se intensifica com o fato de que a esposa de Domingos deu à luz um dia depois do assassinato do marido, deixando a família em uma situação ainda mais delicada. A família, preocupada com o desaparecimento de Domingos, procurou por ele nas delegacias locais e, somente depois de intensa busca, descobriu que o corpo de Domingos Francisco Toras estava na morgue da Maria Pia, apresentando três ferimentos de bala - na cabeça, no coração e no abdômen.
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A pergunta que ecoa na mente de todos é: como pode a instituição responsável por proteger os cidadãos ser a mesma que ceifa suas vidas? Em um período de paz, quando a pena capital não existe, qual crime cometeu Domingos Francisco Toras para justificar sua execução sumária?
A comunidade angolana exige respostas e clama por justiça. O silêncio das autoridades policiais em relação ao caso é perturbador e aumenta a sensação de impunidade. Domingos Francisco Toras deixa dois filhos, um de apenas um ano e o recém-nascido, que veio ao mundo um dia após a trágica morte do pai. A viúva e os filhos agora enfrentam não apenas a dor da perda, mas também a incerteza quanto ao seu sustento e futuro.
Nesse momento de profunda consternação, é essencial reafirmar que ninguém está acima da lei e que é dever das instituições responsáveis pela segurança e pela justiça proteger a vida e os direitos dos cidadãos. O povo angolano clama por uma investigação minuciosa, que identifique os responsáveis por esse ato hediondo, e espera que os culpados sejam levados a julgamento e devidamente punidos.
A sociedade civil, organizações de direitos humanos e os principais partidos políticos, como o MPLA e a UNITA, também foram notificados sobre o ocorrido e instados a se posicionarem em relação a essa violação inaceitável dos direitos humanos. É necessário que todos os setores da sociedade angolana se unam em busca de uma resposta efetiva e do restabelecimento da confiança nas instituições encarregadas de proteger e servir o povo.
A memória de Domingos Francisco Toras deve ser honrada não apenas com a busca por justiça, mas também com a implementação de reformas e políticas que garantam a segurança e o respeito aos direitos fundamentais de todos os cidadãos de Angola. A luta por justiça está apenas começando.
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