Centenas de clientes do Banco Económico, ex-BESA, estão há mais de dez dias sem movimentar as suas contas, fruto de uma suposta actualização que o banco alega estar em curso, sem que para isso fossem notificados.
Clientes do referido banco, foram surpreendidos a mais de uma semana, com os bloqueios das contas, justificada com a actualização dos dados, sem que para isso recebessem alguma notificação. “O banco tem os nossos números de telemóveis, os nossos emails e toda forma possível de entrar em contacto com o cliente, não sei porque arroga-se em bloquear as contas dos clientes, sem aviso e sem justificação”, disse Arminda Correia, cliente do banco. Osvaldo Soares, diz que tem a filha doente e na última semana, deslocou-se a agência do BE na Vila Alice e foi surpreendido com o bloqueio da conta.
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“Simplesmente disseram que eu não tinha como levantar os valores porque a ordem era de cima. Perguntei se se era possível levantar algum dinheiro na dependência onde abri a conta, mas disseram que era impossível, tinha que esperar cinco dias”, explicou, acrescentando que, passados seis dias, regressou ao banco e a situação permanece. As balconistas dizem apenas que o departamento que trata das actualizações está muito cheio com os pedidos, razão pela qual não há uma data certa para reactivação das contas. Agastados, os clientes pedem a interferência do Banco Nacional de Angola, com vista a pôr cobro este abuso.
Banco vive por um fio…pode fechar a qualquer momento
O Banco Económico (BE), denominação atribuída à instituição que sucedeu o ex-Banco Espírito Santo Angola (Besa), que pertenceu a altos responsáveis do Governo do falecido Presidente José Eduardo dos Santos, está na “UTI”, devido a uma dívida que deveria ter sido paga pelo Grupo ENSA que entrou no resgate do BESA em 2016. Como o BE devia dinheiro ao BNA, entregou como dação em pagamento os créditos que tinha sobre o Grupo ENSA. Como o grupo nunca pagou, o BNA reverteu a operação em 2020 e o Económico passou a ser o devedor.
O Conselho de Administração do Banco Económico deliberou, em Março do ano em curso, a nomeação de Victor Cardoso como novo presidente do Conselho Executivo do Banco, em função da desistência de Carlos Duarte, por motivos pessoais.
Em Março deste ano, o Banco Nacional de Angola fez saber em nota enviada a imprensa, que ainda era muito cedo para saber qual será o desfecho do Banco Económico, que se encontra actualmente numa “fase de intervenção correctiva”, sem descartar a possibilidade de encerramento.
Segundo o administrador do BNA, Pedro Castro e Silva, que falava em conferência de imprensa, após a reunião do Comité de Política Monetária do banco central, afirmou que o regulador continua a acompanhar o plano de recapitalização do Banco Económico depois do ex-presidente-executivo, Carlos Duarte, ter renunciado ao cargo na semana passada.
Banco em silêncio
Uma equipa do Na Mira do Crime deslocou-se até a sede do Banco Económico na tarde desta quarta-feira, 04, para ouvir algum responsável. Passada quase uma hora, fomos avisados pela secretária do PCA que a direcção está incomunicável.
Na Mira do Crime
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