A nova administradora do município do Kilamba-Kiaxi, Ana Lina Andréia é apontada de ter “olho grosso” na “Feira da Liberdade”, situada no bairro Golfe 2, nas mesma circunscrição administrativa, após ter tomado de forma unilateral a decisão de se “apoderar” do espaço pertencente a cidadã angolana, Cecília Xavier, 60 anos, que afirma ter criado o mercado em 1995.
Em conferência de imprensa na terça-feira, 24, dona Cecília Xavier, contou que foi surpreendida no dia 31 de Março deste ano, com uma decisão “unilateral” da gestora do Kilamba-Kiaxi, que por meio do director municipal do Comércio, orientou que fosse retirada a gestão do referido espaço que tinha 21 funcionário, que agora foram substituídos por pessoas da confiança da administradora, Ana Lina Andréia.
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Cecília Xavier que fala em má fé da Administração do Kilamba-Kiaxi, revelou que o terreno onde está a “Feira da Liberdade” é propriedade do seu pai que enquanto em vida “deixou uma procuração” para que, sendo a filha primogénita, ficasse com a responsabilidade do terreno, daí segundo a senhora, ter feito muito investimento na criação de condições que deram lugar ao mercado.
No dia 1 de Abril, disse, foi retirada “difinitivamente” da gestão do espaço sob força policial, que teria usado a força para a sua retirada do local. Os funcionários que tinham na “Feira da Liberdade” a única fonte de sobrevivência estão desempregados.
O mercado acolhe cerca de 600 feirantes com uma arrecadação mensal que ronda os um milhão a um milhão e trezentos mil kwanzas. Afirmou que “nunca foi indemnizada” pelo Estado angolano, mesmo quando foi construída a pedonal pelo Instituto Nacional de Estradas de Angola.
Aos órgãos de comunicação social, a cidadã que se afirma viver do comércio avançou que depois da acção protagonizada pela administradora, dias depois foi convocada para um encontro na Administração, que no fim foi solicitada que provasse por escrito a titularidade do espaço.
“Pediu para fazermos um documento e endereçados a ela, e que juntássemos no mesmo processo, os documentos que atestam a sua titularidade do espaço, mas até neste momento que vos falo, é voltar atrás de volta, não estou mais a aguentar, senhor governador, peço que me ajude porque só camponesa e não tenho mais nada, senão este mercado”, lamentou a mulher.
Apela à intervenção do Governador de Luanda, Manuel Homem, no sentido de “travar” os actos da administradora do Kilamba-Kiaxi, que na sua visão “está agir de má-fé.
Contou ainda que, desde 2017 que efectivamente funciona na plenitude do referido mercado, nunca deixou de pagar na Conta Única do Tesouro as receitas de cada mês.
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