Eu até poderia iniciar essa crônica com um título como este “A fodida mal paga e o mijão”.
Mas lá tive que dobrar um pouco a minha língua pois, às vezes é preciso mesmo não fugindo da nossa originalidade e nem sacrificando o conteúdo da mensagem que pretendo passar.
Se ela ainda consegue pensar acredito que está a fazer uma grande reflexão sobre o que foi ontem a sua vida, o hoje e o que pensa e gostaria que o amanhã seja para ela mesmo o futuro sendo uma incógnita.
Pois nunca se sabe se já não sairá da cadeia completamente arrebentada e pronta a contar quantos dias ainda terá para viver num país onde quem não alinha, não acabar alinhavada é sorte.
As vezes me recordo da trajetória da vida desta que podia ser minha irmã, conhecida ou amiga contada por ela quando tinha sido abusada sexualmente com a idade ainda considerada como menor.
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Por um matulão, barrigudo com idade que podia ser seu pai, que nunca foi nem será incomodado por isso.
Que se arroja a negar que não lhe conhece e que nunca se envolveu alguma vez com ela, sem precisar provar de forma convincente o que só acontece em Angola.
Em países civilizados, Higino Carneiro não se escaparia ela tendo feito participação ou não.
Nem seria preciso se fazer testes para se saber, se envolveu-se com ela quando menor ou não, ele mesmo abriria a sua boca e entregaria suas mãos para as algemas.
Seja como for , quero acreditar que apesar dos infortúnios que ela tem tido na sua vida como prostituta assumida, mulher, mãe e nossa irmã, ainda tem tido fé e coragem para orar com crente que é.
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