Há três anos para a realização do tão propalado Congresso do partido no Poder, as águas já estão agitadas no seio do MPLA, bem como na sociedade civil....
Aquele que já está a ser visto como o "Congresso da virada", pelo facto de se aventar a existir múltiplas candidaturas, que irá eleger o candidato para as eleições de 2027.
Pelo que conseguimos apurar de pessoas que pertencem ao "núcleo duro" do MPLA, há uma indecisão muito grande no seio dos militantes. Não se sabe ao certo se, pela primeira vez, os "eleitores" poderão obter várias opções para escolher a figura consensual para conduzir os destinos do partido, que a 48 anos governa o país, de forma catastrófica, ou se actual Presidente irá conseguir impor um candidato (o que é menos provável), que possa salvaguar os seus interesses.
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Porém, o certo é que com o mediático combate a corrupção, que se traduziu num nado morto, o PR João Lourenço, e pares, acabaram por agudizar, cada vez mais, as clivagens no seio do partido.
Muito boa gente, incluindo figuras conhecedoras do funcionamento da "máquina" do MPLA, entende que o suposto combate a corrupção nada mais foi senão caça as bruxas, e que no fundo os pares do PR acabaram por ficar com os bens recuperados.
Uma fonte bem posicionada no topo da pirâmide do partido, afirma que há um descontentamento muito grande dos militantes veteranos, e não só, e que no momento certo virá ao de cima o posicionamento destes "Camaradas".
Segundo vozes da sociedade civil esta indecisão dos camaradas vai impulsionar com que os próximos anos sejam um autêntico calvário para o povo angolano, uma vez que os gestores da coisa pública vão acelerar ainda mais o assalto ao erário, resultando no agravamento do nível de extrema pobreza da população angolana.
Fontes que actuam no sector bancário e financeiro do país, advogam que nunca houve tanta transferência de dinheiro de Angola para fora como nos últimos seis anos. Dizem as mesmas fontes que, aumentou o numero de gestores públicos a comprarem casa em Portugal e Espanha.
Na visão de algumas pessoas, com quem temos estado a privar, que preferem manter anonimato, há um grupo já a trabalhar em dossiê sensíveis de como entidades ligadas ao actual governo desviaram fundos do Estado em benefício próprios, fundos estes, alguns em Angola e outros levados para outras latitudes do mundo.
Por essas e por outras razões, existem várias cogitações em torno da realização do Congresso de 2026 do MPLA. Até lá, advinham-se tempos difíceis na mesma família política.
Luís de Castro
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