O Mercado Abastecedor do Benfica (Mab-Benfica) em Luanda, Angola, encontra-se envolvido num escândalo que abalou os trabalhadores e a opinião pública. Alegações de suborno e favoritismo na atribuição de casas estão no centro da controvérsia.
Segundo uma reportagem, o administrador do Mab-Benfica, Ângelo Fernando Machado, formalizou, este ano, um contrato de exploração de 19 anos para um terreno baldio, no qual a empresa Duda Marchi planeia construir 16 armazéns. Como parte do acordo, a empresa Duda Marchi, representada por Marcos Marchi, teria pago 120.000.000,00 milhões de kwanzas em suborno para garantir a exploração do terreno sem passar por um concurso público. Esse montante teria sido pago como um adiantamento e distribuído de acordo com os desejos do proprietário da empresa.
Em relação à habitação, o governo de Angola tem se esforçado para fornecer habitação a funcionários públicos. O Mab-Benfica também foi beneficiado com três casas de tipologia T3 na centralidade do Kilamba. A seleção dos beneficiários deve levar em consideração critérios como antiguidade, assiduidade e produtividade. No entanto, os trabalhadores do Mab-Benfica expressaram grande insatisfação, alegando que o Administrador Ângelo Machado não seguiu esses critérios. Em vez disso, teria concedido uma das casas à sua funcionária de confiança Neide Mendes, a mais jovem do coletivo, que seria menos assídua e produtiva, deixando de lado funcionários mais antigos e dedicados.
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Diante dessas alegações e insatisfação, o Coletivo dos Trabalhadores do Mab-Benfica solicitou uma audiência ao Ministro da Indústria e Comércio, Rui Minguéns de Oliveira, e aguarda por uma resposta.
A situação no Mab-Benfica é ainda complicada por problemas nas infraestruturas. As taxas de potência de energia e taxa de condomínio são cobradas todos os meses, sequencialmente. Mesmo assim, o Mab-Benfica tem estado todas as noites no escuro, colocando em risco o bem das empresas. No que diz respeito à água, os utentes têm de tirar água potável com baldes do tanque, porque o irmão do administrador, Ângelo Machado, o Sr. Edgar Mbangu, vandalizou o sistema de canalização e de energia elétrica. Com isso, há saídas de água todas as semanas.
Além disso, a reportagem alega que o Administrador Ângelo Machado tem contratado mais de cinco advogadas (juristas) com os fundos do Mab-Benfica.
O caso continua a gerar indignação e controvérsia, e os trabalhadores e a opinião pública aguardam mais informações e ação das autoridades competentes.
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