Entre a arrogância gratuita de Tomás Faria no sábado e o pedido de clemência do Carlos Pacavira na segunda-feira, quase em simultâneo na Rádio 5 e na TV Zimbo, dá para notar alguma evolução do Petro de Luanda, na busca da melhor estratégia de defesa a apresentar ao Conselho Jurisdicional da FAF, para tentar inverter a condenação em primeira instância que pesa sobre si, num afã em que a inflamação avulsa do seu presidente não ajudaria em nada. Antes de seguir, dizer que falo da posição daquele meu amigo como se ele fosse representante do tricolor, por ser como tal que ele se está a exibir, sem grandes preocupações em se manter imparcial nos subsídios que tem emitido sobre o assunto.
Segundo ele, depois de concluir que o clube do eixo-viário não teria como se safar em caso de confrontação directa, resolveu apelar ao «bom senso» dos membros da segunda instância judicial federativa para que o clemencie, com base nos bons serviços prestados à pátria, coisos e tal, enfim, aquelas balelas próprias de quem pensa que os angolanos são todos do movimento espontâneo. Ele chegou mesmo a indicar como é que o CJ terá de andar, quando o assunto lhe chegar à mesa: cobrar a multa e esquecer a suspensão. Fiquei boquiaberto com os ralhetes que ele deu a quem vazou o áudio para as redes sociais, tendo em conta as consequências para a vida dos visados, quando estes deviam ter juízo antes de se meterem em porcarias e aquele condecorado pelo bom serviço público que prestou. No quadro desta tendência compactuante com a corrupção, não vá ele pedir a prisão preventiva da Patrícia Faria e de seus colaboradores pela ousadia que tiveram, ao estremecerem as estruturas mafiosas do nosso futebol.
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Estou sem compreender como é que o Petro de Luanda, que reivindica ser um dos maiores clubes africanos, não domina os estatutos da federação da principal disciplina que movimenta e é o campeoníssimo. Bom, no meu modesto entendimento, se o CJ da FAF condescender com o Petro de Luanda, na esteira das «exigências» do Carlos Pacavira, terá de fazê-lo em relação a todos os outros implicados no «Tramagalgate», sem distinção de raças, credos religiosos, filiação partidária e por aí.
No entanto, se isto acontecer, o melhor será extinguir aqueles dois órgãos jurisprudenciais da FAF, por passarem a estar sem moral para sancionarem quem quer que seja, que viva o reino da podridão.
O que me preocupa é que a tese do Carlos Pacavira, nesse nosso país que parece sem moral nenhuma, tem tudo para vingar, a não ser que o CJ da FAF venha a ter tomates suficientes para não desvirtuar ou esbater em absoluto a coragem do CD de Patrícia Faria.
Michel Platini também tinha prestado serviços brilhantes ao futebol europeu e mundial, mas, ao cometer as borradas que cometeu, na hora do sancionamento ninguém quis saber disso. Por que é que entre os pretos tem de ser diferente?
Salas Neto
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