A comissão sindical da Mina do Cuango, a segunda maior mina em Angola, remeteu o caderno reivindicativo no dia 16 de Outubro de 2022 e a empresa não respondeu as reivindicações, na ausência da resposta a Comissão Sindical convocou uma assembleia, onde se convocou a greve. No dia 17 de Julho entregaram a declaração da greve a entidade patronal e no dia 20 de Julho do presente, paralisaram toda actividade da mina, como fez saber o Primeiro Secretário da Comissão Sindical Ferraz Fernando.
Ferraz Fernando fez saber também que a empresa alega que os trabalhadores estão na ilegalidade por levantarem a greve, quando ouve uma negociação do caderno reivindicativo na capital do país, sem sucesso.
Foram convocados pela entidade patronal para uma reunião, na província da Lunda Norte, e na sala de reunião estavam o advogado da empresa, um juiz que não chegou a ouvir a parte dos trabalhadores, o juiz Paulino Tavares João deu a sentença condenando a comissão sindical dos trabalhadores sem serem notificados.
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O Secretário do Sindicato dos Trabalhadores da Mina do Cuango, avançou que a entidade patronal ameaçou os trabalhadores com a presença das forças da ordem e segurança, que numa atitude musculada forçaram os grevistas a trabalharem sem a sua vontade.
Um dos pontos fundamentais do caderno reivindicativo é a saúde. Pois com base no contrato celebrado entre as partes, a entidade patronal cabe prestar todo o apoio com assistência médica e medicamentosa aos funcionários e os seus dependentes, caso este que não está acontecer. A empresa cortou o estipulado no contrato, que o trabalhadores comparticipam nas despesas da saúde com 15% em duas unidades de saúde de Luanda: Clínica Sagrada Esperança e a Cligest. Os trabalhadores afirmam segundo Ferraz Fernando, que o dinheiro cobrado com os gastos da saúde é muito alto, pois os 15% acordado na comparticipação cria constrangimentos financeiros aos trabalhadores. Uns estão com divida de 12.000000 Kz. e outros com 20.000000 Kz. Quando o salário de muitos trabalhos não vai de acordo com o custo de saúde.
O Sindical afirmou ainda que dentro das políticas da empresa para os funcionários, a instituição celebrou um conjunto com a Clínica Sagrada Esperança e a Cligest, onde são atendidos os funcionários e os descontos sao demasiados. Existem trabalhadores a sofrer descontos de 17.000000 Kz. Quando o salário base é de 300.000 Kz a 400.000 Kz. E o salário mínimo são 200.000 Kz.
Neste momento os trabalhadores temem por represálias da parte da direção da Mina do Cuango.
Uma das questões apontadas pela Comissão Sindical é o envolvimento de acusações sem nexo, por estarem a defender os seus direitos e estão a ser tidos como elementos da oposição, por defender os seus direitos, disse Ferraz Fernando Primeiro Secretário da Comissão Sindical da Mina do Cuango.
De lembrar que a Polícia Nacional está a ser acusada de ferir trabalhadores da Mineira do Cuango, vários trabalhadores da Sociedade Mineira do Cuango, a segunda maior mina público-privada de Angola, ficaram feridos. Sete outros foram detidos, como consequência do desacato entre a polícia e os grevistas na noite de domingo, 6 de Agosto.
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