A Dirigente do BP do MPLA e administradora municipal do Andulo, Celeste Elavoco David Adolfo, está a ser fortemente criticada por ter ordenado, no passado sábado, às forças de segurança que impedissem a realização de uma palestra da sociedade civil com o pretexto de que não foi comunicada.
Organizada pela organização não governamental “Jango Cultural”, a palestra debateu sobre as armadilhas dos processos eleitorais em Angola, tendo como oradores o docente universitário Albano Pakisse e o activista José Gama.
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Dias anteriores, os promotores do evento informaram a administração local e até manifestaram a intenção de realizar a atividade em dois locais que as autoridades alegaram não poder ceder. O "Jango Cultural" decidiu realizar a atividade nos arredores da cidade, fora das restrições das autoridades.
De acordo com apurações, as autoridades, ao tomarem conhecimento de que a palestra estava a ser organizada num determinado local, enviaram uma delegação chefiada pelo comandante municipal adjunto, um responsável do SIC e outro do SINSE. Ao chegarem ao local, trocaram argumentos com os promotores do evento, questionando se tinham avisado a administradora.
Luís de Castro, o Presidente do "Jango Cultural", respondeu ao comandante municipal adjunto da polícia no Andulo que as palestras em Angola não necessitam de autorização das autoridades, e os oficiais das forças de segurança convenceram-se a retirar-se do local.
Segundo disseram ao Club-K, o município do Andulo é o mais destacado em ações de intolerância política, não contra os partidos da oposição, mas contra tudo o que não está sob o controlo do partido no poder. Também afirmaram que foi a própria administradora Celeste Elavoco David Adolfo quem enviou os seus seguranças para intimidar a realização da palestra do "Jango Cultural".
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