A Propósito de Súbitas Preocupações sobre Eventuais Sanções ao Futebol Angolano pela FIFA



Estamos a encarar, com viva estranheza, os comentários contendo preocupações sobre eventuais sanções da FIFA a Angola, devido aos pronunciamentos de ontem, 07.09, do PR e a uma suposta convocação (desmentida no dia seguinte pelos serviços de apoio ao PR), para um encontro de reflexão, feita pelo PR a certas figuras do nosso mundo futebolístico e desportivo.


Entretanto, mesmo havendo tal reunião, não é pela sua mera realização que se conclui pela existência de influência política/governamental no futebol. Para tanto, era preciso saber que pontos específicos de abordagem conformam a agenda do encontro e ver/ler as conclusões a que chegariam os participantes do mesmo. Doutro modo, é fazer extrapolações.



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Já os comentários do PR, quando instado por um jornalista, em Malanje, tiveram um condão generalista sobre a situação que resultou da emissão pelo CD da FAF, de uma deliberação punitiva incidindo sobre diversos agentes do futebol, mencionados num áudio do treinador Tramagal, posto a circular nas redes sociais, tendo o PR tido o cuidado de apelar para a ponderação na reapreciação dos casos, em razão dos recursos interpostos por alguns dos sancionados, e frisar que se tratava de um assunto do âmbito dos órgãos próprios do futebol (FAF e associações provinciais). Para, no final, considerar que, havendo práticas incorrectas, se deve sancionar os infractores, mas defendendo-se sempre a continuidade das competições. Por aí, não vem mal algum ao nosso futebol.


No essencial, para se afirmar que há interferência política/governamental no futebol/desporto é preciso, por um lado, que haja instrumentos normativos emitidos e mandados aplicar aos órgãos das federações e a imposição/nomeação governamental de figuras para integrar elencos directivos de federações nacionais e associações provinciais. Por outro, é preciso que saiam orientações concretas dirigidas a órgãos federativos e que estes actuem em conformidade/obediência estrita.


Portanto, as declarações de ontem do PR e a convocação para o desmentido encontro, per se, não configuram interferência política/governamental no futebol. Teria de existir mais e maiores evidências aos olhos da FIFA.


Outrossim, vale recordar que há sempre um espaço mínimo de intervenção política, pelo facto das infraestruturas e as competições desportivas serem financiadas pelo Estado, por via dos Governos. O que legitima qualquer Governo a acompanhar, pari passu, o desenvolvimento da prática desportiva, sem que isso signifique interferência política.


Frederico Batalha 

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