Teles falha entrega da produção para REA

 


O antigo banqueiro Fernando Teles está a ser citado em meios da equipa econômica governamental, como responsável pela falha da entrega de produtos alimentares previstos no programa Reserva Estratégica Alimentar.


De acordo com dados públicos, Fernando Teles, por intermédio da sua fazenda “LIGAÇÃO - Agro-Pecuária, Limitada” faz parte do programa de fomento à larga escala e tem um contrato datado de 21 de Setembro de 2022 com a Gescesta, empresa esta que é Gestora da Reserva Estratégica Alimentar(REA).

Fonte que acompanha o processo revela que durante o referido contrato foram entregues insumos à fazenda e até ao momento não foi nem será honrado do lado da mesma o compromisso de fazer entrega da produção de 3.000 toneladas de arroz. A referida fonte entende que se que se a LIGAÇÃO - Agro-Pecuária, Limitada o fizesse, impactaria positivamente na capacidade de produção nacional e “em conjunto com outros parceiros que realmente cumpriram e produziram teria impactado na redução dos gastos do país em relação à importação de cereais”.


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Fernando Teles detém uma outra fazenda de nome AgroQuibala pela qual também assina um sócio angolano José Alexandre Godinho de Almeida e Silva. A AgroQuibala entrou em acordo com o Entreposto para a entrega de 3.000 toneladas de milho cuja compra foi acordada aos 9 de Setembro de 2022, através do respectivo Termo de Compromisso 006/2022.

A Agroquibala, é citada como tendo apenas aceite começar a entregar o seu milho sem que este tenha sequer chegado aos Silos do Entreposto, depois do pagamento da primeira tranche do volume, no valor de 196.166.667 Kwanzas (Cento e noventa e seis milhões, cento e sessenta e seis mil e seiscentos e sessenta e sete kwanzas).

Até agora apenas foram entregues por parte da Agroquibala 306 toneladas das 3.000 acordadas, ou seja, um décimo do volume, e, ao contrário de outras fazendas, “não se podem queixar de problemas logísticos, mas sim de não querer simplesmente entregar a produção e persistir na ilusão de produção e minagem de outros projectos que estão a ser bem sucedidos”, conforme referiu a fonte.

Neste momento o projecto de fomento da agricultura emprega uma equipa de mais de 1.000 Agrónomos e técnicos agrários, que diariamente andam pelas zonas de produção a partilharem os seus conhecimentos com o fim último de tornar Angola autossuficiente na alimentação, a impulsionar o desenvolvimento rural e garantindo a segurança alimentar em nosso país.


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