Se não fosse a participação do marido na máfia da dívida pública talvez a ministra teria coragem de se demitir



Recentemente, a Ministra das Finanças, Vera Daves, chocou o país ao denunciar publicamente a existência de acesso não autorizado ao Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado (SIGFE). A alegação de que “há pessoas não autorizadas que têm acesso ao SIGFE e que fazem coisas que não devem” coloca em evidência a gravidade do problema e as potenciais implicações para a transparência financeira e a integridade do sistema.

A pergunta as pessoas querem perceber, é a razão da ministra não ter denunciado isso a Procuradoria Geral da República e por que não se demite se não tem o controlo do ministério que deve dirigir.

Se tivesse bom senso, a ministra teria apresentado sua carta de demissão ao Presidente da República como sinal claro de que não pactua com as máfias instaladas no aparelho governativo que delapidam o erário. Não fosse o facto do seu marido também estar envolvido na máfia da dívida pública, talvez a ministra teria a audácia de se demitir, alias, uma atitude rara entre dirigentes do MPLA que Marcolino Moco acusa de serem todos gatunos.


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A Gravidade da Denúncia

O SIGFE é uma ferramenta vital para a gestão financeira do Estado, controlando os fluxos de fundos e garantindo o correcto direccionamento dos recursos públicos. A denúncia da Ministra das Finanças indica que indivíduos não autorizados estão explorando brechas no sistema para fins ilícitos. Isso levanta preocupações significativas em relação a:

1- Desvio de Fundos Públicos: Acesso não autorizado ao SIGFE pode permitir a manipulação de transacções financeiras, facilitando o desvio de recursos públicos para contas pessoais ou entidades fictícias.

2- Corrupção: Se pessoas não autorizadas podem efectuar transacções ou acessar informações financeiras, isso abre caminho para actividades corruptas, como suborno, fraude e lavagem de dinheiro.

3- Falta de Transparência: A transparência financeira é fundamental para a confiança dos cidadãos no governo. Qualquer actividade não autorizada que comprometa a integridade do SIGFE mina a credibilidade do sistema e do governo.

4- Impacto Económico: O desvio de recursos públicos afecta negativamente o desenvolvimento económico e social, uma vez que os investimentos e projectos benéficos podem ser interrompidos devido à falta de financiamento.

O Papel da Procuradoria Geral da República

Diante da gravidade das alegações feitas pela Ministra das Finanças, é imperativo que a Procuradoria Geral da República (PGR) assuma um papel activo na investigação e no tratamento desse assunto.

A PGR deve iniciar uma investigação completa e imparcial para determinar a extensão do acesso não autorizado ao SIGFE, identificar os envolvidos e reunir evidências substanciais.

Caso a investigação confirme a existência de actividades ilícitas, a PGR deve assegurar que os responsáveis sejam responsabilizados legalmente, independentemente de seu status ou influência.

A PGR pode recomendar medidas para fortalecer a segurança do SIGFE, como a implementação de autenticação em duas etapas, auditorias regulares e aprimoramentos nas políticas de acesso. Caso a investigação revele ligações transnacionais, a PGR deve colaborar com agências internacionais para rastrear activos e garantir a cooperação em processos judiciais.


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