"PAPANCHA" SEU COMPORTAMENTO LEMBRA-ME O DE ALGUMAS AMANTES DO OUTRO TEMPO: IR DESPEDIR E BUSCAR O AMANTE Á PORTA DE CASA- FERNANDO VUMBY



Eu vou lhe tratar sempre por Papancha porque foi assim que eu a conheci desde os idos bons  tempos colonial.

Da mesma forma como trato a Any hoje considerada por muitos por Ana Lourenço mas isso pouco conta nessa crônica que eu tinha que começar  de alguma maneira.

O facto de não se conhecer na tristemente história da gestão criminosa de Angola pelo MPLA. 

Quem tivesse ido assim tantas vezes ao aeroporto  despedir  e buscar nenhum dos criminosos que já governou este país como a Papancha faz nos dias de hoje ao atual inclino abusivo da cidade alta. 


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As primeiras imagens que se desfilam na minha memória quando vejo isso. 

São as daquelas oitavas amantes  que o meu falecido avó tinha que já lhe esperavam à porta de casa com as cuecas nas mãos e lhe acompanhavam até a porta na hora da despedida.

Se até existem  algumas regras de boas maneiras em relação a um amante. 

A Papancha mesmo não sendo amante do déspota, não acha que exagera? 

Com essas suas idas e vindas ao aeroporto uma espécie de  cortesia selvagem, sem sentido que só deixa no ar o cheiro de um falso perfume e uma sensação suspeita. 

É verdade, que as amantes reclamam quase sempre do seu baixo status. 

Mas tu não precisas de reclamar Papancha, não sendo amante dele e até porque.

Em tão pouco tempo já tens tanta liberdade para fazer tanta porcaria que já fizeste, como vive-se de um criminoso no poder sem legitimidade.

Mas ainda vais a tempo de mudar minha prima do décimo grau, deixe de tanta bajulação e lambeduras.

Que não te fica nada bem,  olha que tua trajetória tem estado a ser acompanhada milimetricamente e nada me escapou até hoje,  podes crer.


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