Qualquer pessoa razoavelmente familiarizada com a política doméstica jamais dissociará Rui Falcão daquele truculento comunicado do dia 20 de Julho, através do qual o Bureau Político do MPLA orientou “o seu Grupo Parlamentar, a tomar todas as providências para que o Parlamento angolano não venha a ser instrumentalizado para a concretização de desígnios assentes numa clara agenda subversiva, imatura e de total irresponsabilidade política”.
Por “instrumentalização do Parlamento angolano”, a mal conseguida imitação de Joseph Goebbels, entendia a intenção da UNITA de accionar o artigo 129º para desencadear um processo de destituição do presidente da República.
Para Rui Falcão, não “instrumentalizar o Parlamento” significa dirimir em hasta pública, preferencialmente à baçula e cabeçadas, todas as interpretações desencontradas da Constituição da República de Angola.
Rui Falcão não entendeu como condicionamento “ a orientação” para que os deputados eleitos pelo MPLA travarem, a todo o custo, a iniciativa da UNITA.
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Sem a menor vergonha na cara – há caras assim – o mesmíssimo Rui Falcão vem agora dizer que a UNITA está a pressionar os seus deputados para subscreverem a proposta de destituição de João Lourenço.
Segundo o portal Correio da Kianda, o MPLA atribuiu à UNITA um “estratagema” que consiste em “coagir os seus deputados” a subscreverem a proposta.
E vai mais longe: “Sabemos, entretanto, que há vários deputados da UNITA que não se reveem naquele requerimento”.
Rui Falcão já era o Goebbels do MPLA quando em 2022 subscreveu fantasiosos relatórios do SINSE que atribuíam ao MPLA vitória esmagadora.
Levantamentos então feitos pelo mesmíssimo SINSE diziam que a realização de eleições seria mera formalidade, já que a vitória, esmagadora do MPLA, estaria mais do que assegurada.
Ora, a realidade veio mostrar, depois, que quem salvou o MPLA do desastre total e completo foi a CNE.
Sem a mão e os dedos do “Man Manico” e pares, o MPLA estaria hoje a lamber as feridas de uma profunda derrota.
Apesar do exemplo tão fresco, Rui Falcão ainda cai na ladainha do SINSE de que deputados da UNITA estão a ser forçados a subscrever a proposta.
Diz a sabedoria popular que quem corre por gosto não se cansa.
Rui Falcão é um homem obstinadamente avesso às evidências. Nos seus delírios, ele continua a acreditar na peta, inventada nos anos 70, segundo a qual o MPLA seria o povo e o povo o MPLA.
Ele que reze para que os deputados eleitos pelo MPLA não ignorem a orientação superior.
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