Eu fui detido na rua, sem mandado de captura, mesmo apesar de que pouco antes dos acontecimentos eu já não aparecia na unidade onde estava destacado como operativo.
Nem na direção dos serviços da contra inteligência militar que era mesmo no primeiro andar do ministério da defesa.
Não aparecia porque precisava de um certo descanso e pensar noutras coisas.
Até porque pouco antes eu tinha deixado a miúda que já tinha colocado na sua cabeça que eu era o homem certo para com quem casar e viver vida inteira.
Fui curtir outras vidas em outras paragens e esbarrei até Malanje me hospedando no bem bom na altura hotel Kijima do famoso Paulo Stop.
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Realmente se assim se pode dizer, foram grandes vidas.
Desde Ritondo, Katepa, Maxinde e Canambua, foi lá onde vi pela primeira vez uma mulata bem boa puramente malanjina com facas na cara e voltei a me apaixonar.
Imaginem , ser preso e quem te recebe na cadeia porque estava de lá de serviço pela secreta, ser logo a mulher que tinha na cabeça dela que foi vigarizada por ti?
Apesar do medo que tive, ainda assim não tinha perdido a calma toda, e deu para notar que ela até tremia mais do que eu próprio.
Ainda assim, quase lhe pisquei o olho e lhe coloquei a lingua de fora antes de lhe pedir água que ela me recusou, diante dos olhares curioso.
Do Tino Peliganga que esteve com ela de serviço, mas que não conhecia a história do nosso romance de amor antes do 27 de Maio.
Houve emoção também de parte dela, pois na memória dela ainda se desfilava o filme dos bons momentos que eu passei no colo da sua bunda grande mulata.
E outros momentos que juntos vivenciamos, grande parte inesquecíveis quero mesmo acreditar não só para mim como tanto para ela esteja onde estiver e com quem.
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